Unidade de atendimento aos adolescentes ajuda a mudar vidas

É o caso da hoje psicóloga Luana Quirino, tratada por cinco anos no local

Da Redação
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Os cinco anos de tratamento no Adolescentro transformaram completamente a vida da jovem Luana Grazielle Quirino, de 29 anos. Hoje, formada em psicologia, ela quer mudar outras histórias com o que aprendeu dos 14 aos 19 anos, período em que foi assistida pela unidade. À época, ela morava em um abrigo e apresentava problemas para se relacionar e confiar em outras pessoas.

“Conheci o Adolescentro por meio de uma amiga que tinha iniciado o tratamento havia pouco tempo. Começamos a frequentar as reuniões em grupo, mas, no começo, apenas nos emocionávamos”, conta. Luana não conseguia falar dos problemas por ter receio de dividir detalhes dolorosos de sua vida com pessoas que não conhecia. Assim, aos poucos, criou laços com os servidores da unidade e tratou seus traumas.

Quando ingressou na unidade, a psicóloga não falava com a mãe e não tinha contato com os quatro irmãos que moravam em diferentes locais de proteção ao menor. Hoje, após ter reescrito sua história, conseguiu reunir novamente a família. “Cada profissional que me acompanhou, me fez entender que não sou vítima da minha vida e, sim, a autora dela. O acolhimento recebido na instituição me permitiu ter uma realidade diferente e me ofereceu a oportunidade de vencer”, enfatiza.

Confira fotos do atendimento: 

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DIFERENCIAL

Com 18 anos, desde sua inauguração em 2006, o Adolescentro é a única unidade da rede pública do Distrito Federal que oferece assistência exclusiva para adolescentes de 12 a 18 anos com serviços ambulatoriais e tratamentos para todas as demandas de saúde mental.

No local, os pacientes encontram as especialidades de pediatria, ginecologia, neurologia, nutrição, psiquiatria, fonoaudiologia, psicologia, odontologia, serviço social, terapia ocupacional e enfermagem. Além disso, podem participar de mais de 20 grupos terapêuticos de atendimento aos jovens e pais nas áreas de Transtorno do Espectro Autista, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, Dislexia e outros temas, bem como práticas integrativas como ioga, que também é aberta aos servidores.

Segundo a gerente da unidade, a pediatra Ana Paula Tuyama, todo usuário que chega ao local participa de uma primeira consulta que funciona como uma triagem, de forma a levantar quais as demandas do paciente e encaminhá-lo, se necessário, ao atendimento com especialista e ao grupo de terapia que melhor o atenda. “Apenas a assistência ambulatorial é prestada de forma individual e as terapias são realizadas com a quantidade de, aproximadamente, 15 a 20 pessoas. Graças a esse modelo, conseguimos zerar nossa fila de espera desde fevereiro deste ano”, ressalta a médica.

Atualmente, o local tem 15 salas de assistência individual e três para grupos terapêuticos. De janeiro a maio de 2017, a unidade contabilizou 21.796 atendimentos, sendo que no quinto mês, mais de 5, 7 mil usuários passaram pelo Adolescentro.

REFERÊNCIA

A servidora pública Cleide Queiroz, de 49 anos, é mãe de uma adolescente de 14 anos que está há um mês em tratamento na unidade. Além da filha, ela também participa de um grupo terapêutico somente para pais, onde as reuniões tratam de temas do cotidiano sobre a relação dos adultos com os adolescentes. O objetivo é fazer com que eles entendam o funcionamento do universo dos jovens e se aproximem dos filhos a partir de mudanças simples, como abraçar e elogiar, por exemplo.

“A relação com minha filha ficou conturbada há algum tempo, pois ela me culpa por muitos erros em relação ao pai. Por isso, fomos encaminhadas ao Adolescentro por uma medida judicial porque é uma unidade referenciada. Desde o começo do acompanhamento com os profissionais, percebi algumas mudanças tanto no meu, quanto no comportamento dela”, relata a mãe.

Cleide explica que os encontros com o grupo de pais abriram seus olhos para entender melhor as necessidades da filha e seu papel como mãe. “Tenho percebido que é muito simples se relacionar, mas para dar certo preciso iniciar a mudança por mim. A expectativa daqui para a frente é melhorar nosso relacionamento familiar.”

(Informações da Secretaria de Saúde)

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