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UBS da 114/115 Norte sofre com filas e falta de vacinas

Segundo paciente que aguardava atendimento, funcionária da unidade esqueceu de vacinar sua filha quando a criança tinha 3 meses de idade

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O impacto da escassez de repasses do Ministério da Saúde ao Distrito Federal já é sentido nos postos de saúde locais. Nesta segunda-feira (09/12/2019), faltavam vacinas na Unidade Básica de Saúde (UBS) da 113/114 Norte.

Pacientes reclamaram da desorganização: alguns esperaram mais de duas horas por atendimento, inclusive mulheres com crianças de colo. O setor de vacinas estava com grande fila, mais de 20 pessoas aguardavam para passar pela triagem na manhã desta segunda, e apenas depois eram encaminhadas à sala de vacinação.

“Estou aqui há mais de duas horas e não tenho informação sobre quais as vacinas que tem ou não, além da demora na triagem. Não há ninguém para dar senha. Nós mesmos arrumamos a fila; uma situação de total insegurança para quem espera atendimento”, desabafou a empresária Rafaela Barros, 37 anos. “Pagamos nossos impostos e aqui simplesmente não funciona. Quando estava sendo atendida, a enfermeira disse para mim que não queria estar tralhando aqui (no posto de saúde)”, completou.

Precariedade

A estrutura precária das dependências do posto também chama a atenção. O único banheiro da unidade está interditado. Não há bebedor e nem ventilador – em dias de calor, o local fica muito quente.

Confira imagens:

Jacqueline Lisboa/Esp. Metrópoles

 

Jacqueline Lisboa/Esp. Metrópoles

 

Falha no atendimento

A comerciante Sheila Meirelles (foto abaixo) afirmou que as funcionárias do posto já se esqueceram de vacinar sua filha quando ela tinha 3 meses de idade.

“Estou esperando hoje (09/12/2019) há mais de duas horas. Meu sentimento é de frustração. Pago impostos e vários setores da saúde não prestam. Quando minha filha tinha 3 meses, vim aqui dar umas vacinas. As enfermeiras esqueceram de aplicar a vacina contra meningite e só descobri três meses depois, quando voltei ao posto e falaram que minha filha não estava imunizada”, pontuou Sheila.

Jacqueline Lisboa/Esp. Metrópoles

Cristiane Batista do Nascimento, 36, conta que, às vezes, as servidoras não sabem onde as vacinas estão. “Cheguei às 8h10 e saí 10h50 daqui. A milha filha, de 1 ano, tem várias vacinas para tomar. As funcionárias daqui até são educadas, mas sempre colocam a culpa no sistema, que ele é lento. Mas já teve dias que uma enfermeira não sabia onde a vacina estava e depois não soube também onde a vacina deveria ser aplicada”, desabafou a mãe.

“A sensação é de total insegurança para a gente. Toda vez que venho aqui é sempre essa demora. Vir vacinar já é um stress, ainda mais com criança chorando. A situação é muito desagradável”, lamentou.

O que diz a Secretaria de Saúde

Em nota, a Secretária de Saúde do Distrito Federal informou que a falta de vacinas no DF, não só da DTP, é fruto de problemas no repasse do Ministério da Saúde. Quanto às dificuldades estruturais, a pasta respondeu que “as demandas estruturais da Unidade Básica de Saúde 2 da Asa Norte aguardam recursos para a manutenção e reforma. A unidade possui dois banheiros, um deles está interditado, mas os usuários têm acesso ao segundo. O bebedouro está localizado nos fundos da unidade e também está acessível aos pacientes”.

Em relação ao sistema de dados do posto, o órgão esclareceu que é o E-Sus. Ele apresenta lentidão em alguns momentos, o que gera uma espera maior por parte dos pacientes.

A pasta ainda esclareceu que, ao todo, R$ 43.283.430,30 estão sendo investidos nas intervenções em mais de 200 edificações, entre unidades básicas de saúde, hospitais e policlínicas. A reestruturação da rede é uma das prioridades desta gestão.

Casos mais urgentes, como a revitalização de telhados, reparos nos pisos, revisão das partes elétrica e hidráulica, além dos locais que possibilitarão a reabertura de mais leitos estão sendo sanados primeiro.

O que diz o Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde garantiu que a vacina DTP terá sua distribuição regularizada neste mês de dezembro. Confira a íntegra da nota do ministério:

“Em relação à pentavalente, a pasta informa que distribuiu mais de 4,7 milhões de doses da vacina aos estados de todo o país neste ano, sendo 78,3 mil para o Distrito Federal. A última remessa da pasta foi feita em outubro, com o envio 885 mil doses para todo o país e 14,6 mil para o Distrito Federal. Em novembro, não foi possível realizar o envio, pois a carga que chegou ao Brasil está aguardando parecer da OPAS [Organização Pan Americana de Saúde] para posterior liberação da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]. Tão logo essas doses sejam liberadas para uso, serão distribuídas aos estados. Já a vacina tetra viral, em 2019, foram enviadas mais de 1,7 milhão de doses aos estados, sendo mais de 47 mil para o Distrito Federal”.

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