metropoles.com

Sem apoio federal, servidores do HUB pedem saída de programa da União

Desde 2011, unidade integra iniciativa da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, responsável pela gestão dos hospitais universitários

atualizado

Compartilhar notícia

Felipe Menezes/Metrópoles
hub
1 de 1 hub - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

Revoltados com as condições de trabalho, funcionários da Fundação Universidade de Brasília (FUB) encaminharam, nessa quinta-feira (21/6), um pedido de remoção em massa dos profissionais lotados no Hospital Universitário de Brasília (HUB). Os servidores solicitam que a unidade seja desvinculada da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

Criada em 2011 pelo governo federal, a Ebserh é uma empresa pública vinculada ao Ministério da Educação. O projeto visa prestar suporte e apoio aos hospitais universitários federais. Porém, os servidores se mostram insatisfeitos com a atual gestão da iniciativa.

Os profissionais protestam contra o que chamam de “desrespeito constante das chefias”. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub), entre os “abusos” estão: as péssimas condições do atendimento comunitário; falta de regulamentação das escalas de trabalho e plantão; abuso de autoridade; e até assédio moral.

Para o coordenador-geral do Sintfub, Maurício Sabino, são muitos os problemas dentro da gestão. “Como querem cortar verbas, eles não contratam novos servidores, e os que estão lá são obrigados pelas chefias a se desdobrarem para solucionar as demandas. É um caos”, denuncia.

De acordo com Maurício, um dos casos mais graves diz respeito ao banco de sangue do HUB. Ele afirma que a falta de profissionais implica em atendimentos de baixa qualidade, nos quais erros médicos têm se tornado rotina. Segundo o coordenador, desde que a Ebserh passou a gerir o hospital, vários serviços já foram cortados.

Eles não têm recursos. O orçamento para manter a instituição está congelado e houve redução dos atendimentos. Chegaram a fechar o pronto-socorro. É revoltante

Maurício Sabino, coordenador-geral do Sintfub

Não é de hoje que os trabalhadores manifestam suas insatisfações. Durante os meses de março e abril, os funcionários chegaram a promover greves para terem as reivindicações atendidas. “Não cumpriram com nada do que fora prometido inicialmente”, reclama o sindicalista.

Outro lado
Procurado pela reportagem, o Hospital Universitário de Brasília informou desconhecer o pedido de remoção dos servidores e disse que sempre buscou manter o diálogo com a categoria.

A unidade também afirma ter contratado 1,3 mil empregados por meio de concurso público, durante a atual gestão. A medida teria regularizado a força de trabalho.

De acordo com a administração do HUB, também foram realizados investimentos em infraestrutura, que teriam “garantido adequações e reformas em vários serviços, como maternidade, UTIs adulto e neonatal, refeitório, farmácia, hemodinâmica, laboratório de simulação, enfermaria da pediatria, banco de leite humano e prontos-socorros infantil e adulto, que sempre estiveram abertos, entre outros”.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?