Saúde da Família ganha novas especialidades no DF

Foram acrescidas as especialidades de enfermeiro obstetra, de família e comunidade e medicina paliativa

Ian Ferraz
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A Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES/DF) anunciou, nesta segunda-feira (18/12), novas especialidades que farão parte da Estratégia Saúde da Família. O modelo de atendimento em vigência na rede pública visa desafogar as grandes unidades hospitalares de casos de menor gravidade.

Foram acrescidas as especialidades de enfermeiro obstetra, de família e comunidade e medicina paliativa. Segundo o secretário Humberto Fonseca, em 20 de junho de 2018, as unidades básicas de saúde e de Pronto-Atendimento (UPAs) estarão com as equipes completas.

Não haverá, neste momento, segundo a Pasta, criação de mais cargos para compor as equipes. Há, no entanto, o encaminhamento para realização de concurso público no próximo ano.

“Já deliberamos a contratação de servidores públicos para essas especialidades que foram criadas e também para a reposição das que estão zeradas. Esperamos concluir o concurso antes do prazo eleitoral”, afirma Fonseca. A previsão são de 20 vagas para médico de medicina familiar.

De acordo com a Secretaria de Saúde, em 2017, houve aumento na cobertura da atenção primária na ordem de 30% a 50%. “Nós teremos de 15% a 17% a mais de cobertura com essas novas especialidades”, garante Humberto Fonseca.

Desde novembro, atendimentos como consultas, exames de rotina e ações de prevenção a doenças são oferecidos pelo Saúde da Família, que terá como apoio os centros e postos (chamados de unidades básicas). Cada grupo de 3.750 pessoas será atendido pela mesma equipe de profissionais.

A intenção com a proposta é que cada equipe seja composta por médico, enfermeiros, agentes comunitários e profissionais de especialidade bucal. O grupo acompanhará a situação do paciente de forma permanente, evitando que ele tenha de recorrer às emergências dos hospitais.

O modelo é adotado em países como Austrália, Espanha, Dinamarca, Suécia, Cuba, Portugal e Costa Rica, mas não é bem recebido por sindicatos da categoria no DF. “Quem irá assumir esse diagnóstico de quem é paciente grave e quem não é? Acredito que é uma grande responsabilidade é só o médico pode fazer”, questiona Marli Rodrigues, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do DF (SindSaúde).

Pacientes reclamam
Há 20 dias, o agente de portaria Zairo Silva, 34 anos, busca atendimento na UPA de Ceilândia, sem sucesso. Com dores constantes na cabeça e nos olhos, ele também procurou os hospitais de Ceilândia (HRC), de Taguatinga (HRT) e de Base. “Até agora, nada”, lamentou.

A estudante Ana Carolina Cunha, 23, teve mais sorte. Ela foi encaminhada da unidade de saúde do Varjão para o Hran (Asa Norte) após o filho Kauan, de seis meses, ser diagnosticado como caso urgente. “Nos enviaram para cá (Hran) porque o caso dele foi classificado como grave. O atendimento à família no Varjão está funcionando bem”, assegura.

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