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Iges-DF perde contrato e Hospital de Base ficará sem impressoras

Memorando obtido pelo Metrópoles mostra preocupação do instituto em perder os equipamentos

atualizado

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Mike Sena/Especial para o Metrópoles
Hospital de Base
1 de 1 Hospital de Base - Foto: Mike Sena/Especial para o Metrópoles

As unidades de saúde do Distrito Federal geridas pelo Instituto de Gestão Estratégica (Iges-DF) correm o risco de não terem mais impressoras a partir desta quarta-feira (28/10). Segundo memorando encaminhado para a Secretaria de Saúde, obtido pelo Metrópoles, a gerência de tecnologia teme um desabastecimento que pode “culminar em perda de vidas”.

Conforme mostra o documento, o Iges-DF vem pedindo desde setembro de 2019 que seja feita a sub-rogação do contrato firmado em 2017 entre a empresa Tecnolta, dona das impressoras, e a pasta da saúde. Isso significa que o instituto queria poder pagar diretamente pelos serviços que estavam sendo prestados a ele, sem intermediários.

Apesar dos sucessivos pedidos, não houve resposta positiva da Secretaria de Saúde. Somado a isso, em setembro de 2020,  a pasta decidiu que não iria mais pagar pelas impressoras e pelo serviço de manutenção dos equipamentos no Iges-DF, visto que não usufruía da prestação. Foi dado o prazo de um mês para a retirada de tudo.

A data-limite para que as impressoras sejam levadas do Hospital de Base e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), por exemplo, é nesta quarta-feira (28/10) e, até o momento, nada havia sido definido, o que causou desespero dentro do instituto.

De acordo com o documento recebido pelo Metrópoles, a gerência geral de tecnologia pede que o departamento jurídico garanta, por decisão liminar urgente, que as 159 impressoras não sejam retiradas.

“Estes [equipamentos] também são utilizados nas áreas fins do instituto e que em razão da suspensão dos serviços (…) já começa a produzir efeitos nas operações das áreas assistenciais do Iges-DF tais como hemodinâmica, UTI trauma, nefrologia, ortopedia e farmácia, em razão da falta de insumos como toners de tinta para impressão”, diz o memorando.

O maior temor da gerência é que a falta de impressoras possa trazer problemas ainda mais graves, como impossibilidade de impressão de atestados, prontuários ou receitas. “Tal situação poderá acarretar em desatendimento, e, com consequências ainda maiores, resultando em responsabilização nas esferas administrativa, civil e criminal”, finaliza o memorando.

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O que dizem os envolvidos

Procurado, o Iges-DF informou que as impressoras continuarão atendendo normalmente as unidades. “Os equipamentos só serão recolhidos após o Iges finalizar uma seleção de fornecedor, quando será feita a transição entre as empresas. Com isso, continua funcionando normalmente a impressão de atestados, receitas, prontuários e afins”, afirma.

O sócio-fundador da Tecnolta, Guilherme Borges, explicou que aguarda uma decisão da Secretaria de Saúde. “O contrato é com eles, por mais que eu não queira tirar as impressoras, se me mandarem fazer isso, vou ter que fazer”, pontua.

A Secretaria de Saúde, por sua vez, não havia respondido aos questionamentos da reportagem até a última atualização desta matéria. O espaço segue aberto a manifestações futuras.

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