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Gestante afirma ter sido impedida de fazer pré-natal na Asa Sul

Kelly Ribeiro, 28 anos, diz que só poderia ter sido atendida se apresentasse provas de que era moradora da região

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
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1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Grávida de dois meses, Kelly dos Santos Ribeiro, 28 anos, alega ter sido impedida de realizar o acompanhamento pré-natal no Centro de Saúde nº 8, na 514 Sul. Moradora do Jardim ABC, na Cidade Ocidental (GO), a mulher trabalha como doméstica em um apartamento na 105 Sul e esperava conseguir atendimento próximo ao serviço. No entanto, diz que funcionários do local não permitiram que ela fosse consultada.

“Disseram que, para ser atendida, eu precisava ter contas de água, luz e telefone de um endereço da região em meu nome”, explica. A jovem afirma que já havia procurado outros postos de saúde na Asa Sul e recebido a mesma resposta.

Na terça-feira (29/8), ela foi com a empregadora no posto da 514 Sul e apresentou contas no nome da patroa e sua carteira de trabalho para comprovar o vínculo empregatício. No entanto, afirma ter sido informada de que só poderia ser atendida caso as faturas estivessem em seu próprio nome.

Kelly afirma que, se tiver que fazer o acompanhamento perto de onde mora, perderá metade do dia de trabalho. “Caso conseguisse fazer na Asa Sul, poderia voltar logo depois. Isso acaba atrapalhando o meu emprego.”

Acionada pelo Metrópoles, a Secretaria de Saúde do DF afirmou, em nota, que “o atendimento às gestantes pode ser realizado em qualquer Unidade Básica de Saúde do Distrito Federal”.

Apesar do relato de Kelly, a pasta disse ainda que “geralmente, as pacientes fazem o pré-natal em centros mais próximos das próprias residências, onde o acompanhamento ocorrerá também após a gestação, com um pediatra e com Equipes de Saúde da Família, tanto para a mãe, quanto para o bebê. Mas isso não impede a paciente de ser atendida em uma unidade fora de sua região de origem”.

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