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DF tem vagas disponíveis para mamografia na rede pública

Das 5,4 mil vagas ofertadas por mês na rede pública, apenas 2 mil são ocupadas, segundo o GDF

atualizado

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Foto: Tony Winston/Agência Brasília
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1 de 1 outubro-rosa-ong-recomeca-joana-jeker-tony-winston-640×427 - Foto: Foto: Tony Winston/Agência Brasília

No mês internacional de combate ao câncer de mama, o Outubro Rosa, a Secretaria de Saúde alerta para o baixo índice de procura da mamografia pelas brasilienses. Das 5,4 mil vagas ofertadas por mês na rede pública, apenas 2 mil são ocupadas. Capacidade de atendimento é mais que o dobro da procura.

O secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Daniel Seabra, ressalta que a rede pública tem condições de mais que dobrar os atendimentos. “Precisamos incentivar as mulheres a procurar as unidades de saúde e solicitar a mamografia. A rede está pronta para atender todas que procurarem”, afirma Seabra.
Como fazer a mamografia no DF

Para fazer o exame, é preciso um encaminhamento médico do ginecologista. A consulta deve ser marcada em um posto de saúde. O tempo médio entre o atendimento em consultório e a mamografia é de 7 a 10 dias.

Atualmente, nove mamógrafos estão em funcionamento, nos seguintes hospitais:

Regional da Asa Norte
Regional de Ceilândia
Regional do Gama
Regional Leste
Regional de Samambaia
Regional de Santa Maria
Regional de Sobradinho
Regional de Taguatinga
Materno-Infantil de Brasília

ONG oferece apoio no Hospital Regional da Asa Norte

Fundadora da organização não governamental (ONG) Recomeçar – Associação de Mulheres Mastectomizadas de Brasília, Joana Jeker (na foto acima), de 41 anos, defende a importância da prevenção periódica.

“A mulher cuida de todo mundo e deixa de cuidar de si. É preciso se preocupar com a própria saúde. Agora que está começando a campanha Outubro Rosa, mais do que nunca, é época de falar do assunto”, diz Joana, que se tratou de um câncer de mama descoberto há 11 anos. Todo o tratamento foi feito na rede pública.

Ela destaca que, quando o diagnóstico é logo no começo, o tratamento é menos agressivo e mais eficaz. “Eu não precisei fazer radioterapia, apenas a quimio”, conta.

Apesar da descoberta precoce, Joana teve de retirar uma das mamas e passar pela cirurgia de reconstrução. Sem muita informação sobre o processo, viu nas próprias adversidades uma forma de ajudar outras mulheres.

Agora, a ONG coordenada por ela atende pacientes em tratamento no Hospital Regional da Asa Norte. O trabalho de apoio é às terças e quintas-feiras, no ambulatório da unidade. A média é de cinco atendimentos por semana, com ajuda emocional e esclarecimentos sobre a mastectomia (retirada parcial ou total da mama).

“Para a mulher, o diagnóstico de câncer e a perda da mama são terríveis; a vida fica completamente abalada. Estamos aqui para dar esse suporte, pois já passamos por isso.”

A ONG também oferece próteses externas de silicone para quem já fez a mastectomia e não tem condição de pagar pelo produto, com valor médio de R$ 500.

De acordo com a Secretaria de Saúde, anualmente, a rede pública faz em média 860 cirurgias plásticas, sendo 660 no Hospital Regional da Asa Norte e outras 200 distribuídas entre Hospital Regional de Santa Maria e Hospital Regional de Sobradinho.

Prevenção do câncer de mama faz parte da Estratégia Saúde da Família

Reforçar a prevenção de câncer de mama é um dos destaques da Estratégia Saúde da Família. O objetivo é ter profissionais capazes de dar continuidade às ações de assistência e prevenção, garantindo que os usuários tenham a equipe como referência. Assim, casos de câncer de mama, por exemplo, podem ter diagnóstico precoce, o que amplia as chances de cura.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a mamografia é o único exame preventivo que apresenta eficácia comprovada na redução da mortalidade do câncer de mama — quando descoberta precocemente, tem 95% de probabilidade de recuperação.

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