DF: idosa de 79 anos em estado grave aguarda desde terça por UTI
Irene Gonçalves de Freitas deu entrada no Hospital Regional do Guará no último dia 12, apresentando dores na região torácica
atualizado
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A família de Irene Gonçalves de Freitas (foto em destaque), 79 anos, corre contra o tempo para conseguir instalar a idosa em um leito de unidade de terapia intensiva (UTI) em uma unidade pública de saúde do Distrito Federal. A paciente está internada desde terça-feira (12/11/2019) no Hospital Regional do Guará (HRGu), após reclamar de fortes dores na região do tórax.
Segundo o relatório médico, Irene é portadora de hipertensão arterial sistêmica, asma, diabetes tipo 2, hipotireoidismo e doença arterial coronariana. De acordo com o documento, a delicada condição de saúde da idosa torna necessária a internação imediata da paciente para tratamento em UTI.
O estado de saúde dela é considerado gravíssimo pelos profissionais do HRGu. Ocorre, no entanto, que a unidade pública não dispõe de um leito adaptado para as condições da idosa. “Minha avó está sendo mantida por aparelhos, está medicada e entubada. Chegaram a tirar a medicação para ver se ela reagiria, o que não ocorreu. Ela precisa de uma UTI coronariana”, explicou uma neta de Irene que pediu para não ter o nome divulgado.
De acordo com a moça, as únicas unidades capazes de abrigar a avó são o Instituto do Coração (Incor) e o Hospital de Base (HBDF). Contudo, faltam vagas. “Todo mundo está arrasado. Os médicos não conseguem atendê-la porque falta aparelhagem adequada. Se ela estivesse na UTI coronariana, a situação seria melhor.”
A demora para a vacância do leito e a transferência da paciente têm tirado o sono dos familiares, que afirmam ter procurado a Defensoria Pública do DF para agilizar o procedimento. “Eles [a Defensoria] nos pediram 48 horas para que ela consiga ser internada. Esse prazo se encerrou nesta sexta-feira [15/11/2019], às 17h40”, finalizou a neta.
Outro lado
Em nota, a Secretaria de Saúde (SES-DF) informou que Irene “está regulada para leito de UTI, com prioridade 1”, ou seja, para pacientes em situação crítica. A pasta esclarece, porém, que para que ela seja encaminhada para um leito, é necessário haver vaga, o que “ocorre mediante alta por melhora clínica, óbito ou transferência de estabelecimento de saúde de um paciente”.
Por fim, a SES-DF assegurou que a paciente está recebendo toda assistência médica necessária no HRGu.