Samu recebe mais de 13 mil trotes em oito meses no DF

Serviço de Atendimento Móvel de Urgência alerta que brincadeiras e informações falsas atrapalham o atendimento emergencial

Guilherme Goulart
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Os trotes seguem a atormentar o atendimento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no Distrito Federal. De janeiro a agosto deste ano, a Central 192 recebeu 505.578 ligações, mas 13.765 eram brincadeiras ou informações falsas. “Infelizmente. O ideal é que não tenhamos nenhum registro de trote nos nossos relatórios, porque isso gera demanda reprimida”, lamenta o diretor do Samu-DF, Victor Arimatea.

“Enquanto um dos nossos teleatendentes recebe uma chamada de trote, existe uma pessoa com uma ocorrência verdadeira sem conseguir contato conosco”, alerta Victor.

O Samu está distribuído em 22 bases descentralizadas, cobrindo todo o DF com serviços pré-hospitalares.

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Central de Atendimento do Samu no DF
Central de Atendimento do Samu no DF
Central de Atendimento do Samu no DF

Dos diagnósticos confirmados pelas ligações nos oito primeiros meses do ano, 26.863 foram considerados casos clínicos; 7.530, traumáticos; 4.610, psiquiátricos; 1.427, obstétricos; e 403, pediátricos.

Também ocorreram 19.645 demandas reprimidas de janeiro a agosto deste ano, casos em que intervenções eram necessárias, mas não havia meios para tanto.

No mesmo período, ocorreram 24.366 remoções para hospitais públicos, privados e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de todo o DF. Desse número, o total é de 22.653 para unidades públicas de saúde. Também foram registrados 42.011 atendimentos primários nos oito primeiros meses de 2021.

Passar trote aos serviços de emergência é crime previsto no Código Penal e, quando identificado, o autor responde pelo artigo 340 do Código Penal por falsa comunicação de crime ou de contravenção. A pena é de 1 a 6 meses de detenção ou multa.

Com informações da Secretaria de Saúde do DF

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