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Relógio Rolex usado por líder da Kriptacoin é falsificado, diz perícia

No laudo, ao qual o Metrópoles teve acesso, os peritos concluem que o relógio é falsificado e vale, nas condições atuais, cerca de R$ 500

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
PResos-na-operação
1 de 1 PResos-na-operação - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Eles costumavam ostentar nas redes sociais. Suspeitos de fazer parte de uma organização criminosa responsável pela prática de golpes por meio da falsa moeda digital Kriptacoin, exibiam roupas de marcas famosas, carrões, aeronaves, entre outros artigos de luxo. Tudo para impressionar as vítimas. Mas, como nem tudo que reluz é ouro, a perícia da Polícia Civil descobriu: Weverton Viana (foto em destaque), 37 anos, considerado o líder do grupo, usava um relógio da marca Rolex falso.

Weverton é um dos presos na Operação Patrick, ação realizada pelo Ministério Público em conjunto com a Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor e Fraudes (Corf), em setembro deste ano. Ele foi denunciado à Justiça com mais 15 pessoas. Nesta sexta-feira (15/12), testemunhas de acusação serão ouvidas pelo juiz encarregado do processo, na 8ª Vara Criminal de Brasília.

O Metrópoles teve acesso ao laudo do Instituto de Criminalística, no qual os peritos da Polícia Civil concluem que o relógio usado por Weverton é falsificado. Vale, nas condições atuais, cerca de R$ 500. Um original pode chegar a R$ 20 mil.

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Weverton e o irmão, Welbert Richard, criaram a moeda virtual no fim de 2016 e, a partir de janeiro deste ano, passaram a convencer investidores a aplicar dinheiro na Kriptacoin. Segundo a polícia, a organização criminosa atuava por meio de laranjas, com nomes e documentos falsos.

Eles aplicavam o esquema de pirâmide. Entre as estratégias usadas para seduzir as vítimas, faziam e publicavam nas redes sociais vídeos em que se mostravam bem-sucedidos. Audi R8, Porsche Panamera, Ferrari 458 Italia e até mesmo um jatinho particular e um helicóptero faziam parte do arsenal exibido pelo grupo. Alguns veículos ficavam em Goiânia, onde os encontros com os diretores da empresa eram realizados. Os automóveis foram apreendidos por policiais civis.

Fraude
Dados da Polícia Civil e do Ministério Público apontam que a Kriptacoin movimentou mais de R$ 250 milhões, do começo do ano até agora. A fraude pode ter causado prejuízo a 40 mil investidores, muitos deles de fora do Distrito Federal.

Durante aquela que é considerada uma das maiores operações de 2017, os investigadores apreenderam oito carros de luxo, além de grande quantia em dinheiro, localizada em uma academia de Vicente Pires. Os bens deverão ser usados para ressarcir as pessoas que foram enganadas pela máfia.

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