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Prontuário revela hospital do DF sem pontos de oxigênio: “Caótico”

Segundo relato, além de poucos médicos, não há monitores suficientes para todos os pacientes no Hospital Regional do Paranoá

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
hospital da região leste, hospital do paranoá
1 de 1 hospital da região leste, hospital do paranoá - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Em meio ao colapso que o sistema público de saúde enfrenta nos últimos dias devido à alta no número de casos do novo coronavírus no Distrito Federal, profissionais da área revelam a falta de condições para o atendimento de pacientes. Um dos relatos vem do Hospital Região Leste, no Paranoá, e foi feito na quinta-feira (18/3).

Segundo o registro no prontuário (veja abaixo) de um paciente que aguarda por uma unidade de terapia intensiva (UTI), ao qual o Metrópoles teve acesso, o local não tem monitores suficiente para todos os doentes diagnosticados com Covid-19. Faltam pontos de oxigênio e algumas tomadas não funcionam. Além disso, há pacientes internados acomodados em cadeiras por não haver leitos em número suficiente.

Confira a anotação no prontuário: 

“Hospital encontra-se em situação caótica. Apenas 3 médicos para realizar atendimento de PS clínica médica, tenda Covid, box de emergência com 10 pacientes internados e UCI Covid-19 com 20 pacientes internados. Sem monitor disponível para todos os pacientes, sem ponto de O2, sem bombas de infusão disponíveis, tomadas não funcionam e 3 pacientes internados em cadeira por falta de leitos. Apenas um ventilador disponível, sem possibilidade de realizar IOT em pacientes devido a falta de equipamentos.”

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Em nota, a direção do Hospital da Região Leste (HRL) informou que o pronto-socorro atende pacientes Covid-19 em demanda crescente e tem realizado todos os esforços para manutenção dos atendimentos. Veja na íntegra:

“Foi registrado aumento da demanda de pacientes com suporte de oxigênio, mas o HRL conta com pontos fixos e balas de O2. A direção do HRL informa que os leitos do box de emergência e da Unidade de Cuidados Intermediários dispõem de respiradores e monitores.

Caso haja necessidade extra desses equipamentos, é possível remanejar de outras unidades do próprio hospital. Vale ressaltar que nenhum paciente ficou desassistido por falta de monitor ou respirador.

Entre as medidas já adotadas destacam-se o remanejamento de recursos humanos de serviços eletivos para o PS, ampliação da carga horária de profissionais da linha de frente, transferência de pacientes estáveis do PS para leitos de enfermaria, além de acionamento de todos os setores da SES, desde atenção primária até a rede hospitalar.

O HRL conta com 10 leitos de enfermaria Covid, 10 leitos de Unidade de Cuidados Intermediários, tenda de atendimento aos casos respiratórios, além do espaço de nebulização ao usuário com suporte de oxigênio. A direção ressalta que todas as tomadas elétricas passam por manutenção constante para verificar o funcionamento”

De acordo com o sistema InfoSaúde, do GDF, a capital do país apresenta 367 leitos ocupados – o que corresponde à taxa de 96,19%. Já na lista de espera, por volta das 15h30 de quinta-feira (18/3), 241 pacientes aguardavam por um leito de UTI.

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