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Profissão, vice. Saiba quem sonha em ser o “n° 2” do Palácio do Buriti

Os escolhidos pelos aliados prometem fazer gestão compartilhada e, ainda, aproximar o governo da população das cidades

atualizado

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1 de 1 vice - Foto: iStock/Foto ilustrativa

A escolha dos vices pelo cabeça de chapa é uma questão maior do que meramente resultado de composição política. Muitos dos candidatos ao Governo do Distrito Federal este ano passaram meses em busca de um nome que, além de tempo de TV e recursos do fundo partidário, pudessem contribuir com a campanha. Afinal, exemplos recentes mostram que uma escolha errada hoje pode resultar em muita dor de cabeça no futuro.

Na esfera federal, as diferenças entre Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB) levaram a petista a sofrer impeachment em agosto de 2016. O processo contou com amplo apoio de correligionários do emedebista no Congresso Nacional. Assim, Temer passou a se sentar na principal cadeira do Palácio do Planalto. No caso doméstico do DF, a tensa relação entre o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) e o vice Renato Santana (PSD) culminou com a ruptura política dos dois.

Ante casos como esses, os 11 buritizáveis sabem que precisam ter cuidado. E quem são e o que pensam os políticos que sonham com a cadeira número 2 do GDF? Entre eles, há estreantes na política, ativistas e velhos conhecidos do eleitorado.

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Debutantes
Uma novidade é o cirurgião Erickson Blun, do Partido Novo. Especialista em gestão da saúde pela Universidade norte-americana de Harvard, o postulante diz que foi convidado para integrar o projeto de Alexandre Guerra, que encabeça a chapa do Novo.

“Sou filiado ao Novo há dois anos. Não sou político, sou gestor e executor. Fui convidado para ajudar a resgatar a saúde do DF, que está doente. A boa notícia é que ela tem cura”, declara, em tom otimista.

Para Clementina Bagno (PSol), conhecida como Keka, a escolha do nome foi pela interlocução com movimentos sociais e a possibilidade de compartilhar o mandado com a candidata ao governo do partido, Fátima Sousa (PSol).

“Em 2017, em diálogo com movimentos sociais, fizeram a defesa do meu nome a partir de um debate coletivo. Montamos uma chapa feminista para combater opressões contra a mulher, principalmente no DF, que tem registrado aumento do feminicídio e do estupro”, afirma.

Dos bastidores para a majoritária
Ainda pouco conhecido pelos brasilienses, Alexandre Bispo (PR) ocupará a segunda cadeira do Buriti caso o candidato Alberto Fraga (DEM) seja eleito. Além de apoio aos projetos do governo, o presidente em exercício do Partido da República no DF promete atuar na melhora do diálogo em setores da sociedade. “O objetivo é dar apoio total ao Fraga e garantir o ponto de equilíbrio do resgate da saúde, valorizando também a juventude”, disse.

Mais experiente na política, apesar da atuação nos bastidores, o presidente do Avante-DF, Paco Brito, diz que a escolha do grupo liderado por Ibaneis Rocha (MDB) foi uma surpresa. O carioca garante que manterá uma relação amistosa com o cabeça da chapa, caso sejam eleitos. “Vou auxiliar o governador em tudo o que for possível. Também acredito que terei um papel importante na articulação política. Há um histórico de traição nesse cargo, mas essa é uma palavra que não faz parte do meu dicionário. Muito menos ingratidão”, declarou.

Governo compartilhado
Um dos mais conhecidos entre os atuais postulantes à vice-governadoria do DF, o ex-deputado distrital Alírio Neto (PTB) assegura que estará ao lado de Eliana Pedrosa (Pros), candidata ao GDF, para um trabalho de “resgate” da capital federal. “Temos o acordo de um governo compartilhado. Isso é natural quando se tem projeto para trabalharmos por nossas cidades.”

Segundo o petebista, uma das primeiras ações no eventual governo é desativar a Residência Oficial de Águas Claras como moradia do chefe do Executivo e transformar o espaço num centro de referência nacional para pessoas com deficiência – Alírio tem um filho com autismo.

Escolhido pelo atual governador Rodrigo Rollemberg (PSB) para integrar a chapa de reeleição, Eduardo Brandão (PV) acredita que a escolha foi por critério pessoal do socialista. “Minha relação com o Rodrigo é desde jovem. Fomos criados juntos e isso me faz permanecer na minha linha de caráter, sendo leal ao projeto do início ao fim do governo”, comentou ao ser confirmado pela aliança.

O papel do vice-governador
O cargo de vice-governador, como o de vice-presidente da República, é necessário para a imediata substituição do titular em caso da eventual ausência do governador. Além disso, o vice-governador auxiliará o titular do mandato sempre que por ele convocado para missões especiais, como no nível federal.

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