Impasse na votação do orçamento adia férias de distritais na CLDF
Deputados marcaram votação para a próxima terça (19/12). Recesso deveria começar na sexta (15)
atualizado
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A derrota governista na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), na noite de quarta-feira (13/12), reverberou nesta quinta (14), acirrando os ânimos entre os Poderes. Hoje deveria ser o último dia de trabalhos no parlamento em 2017, mas deputados da base não deram quórum à sessão. Dessa forma, não foi possível votar o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA). Os parlamentares marcaram a derradeira reunião do ano para a próxima terça (19).
O impasse se deu porque, segundo o Palácio do Buriti, a retirada do trecho que permitiria ao Governo do Distrito Federal usar R$ 1,211 bilhão do Instituto de Previdência dos Servidores (Iprev) criará um rombo nas previsões orçamentárias. De acordo com os deputados responsáveis por impedir a manobra do governo, Rodrigo Rollemberg (PSB) quer apenas reforçar o caixa para o ano eleitoral.A aprovação da matéria é condição necessária para o início do recesso parlamentar. Assim, pela primeira vez na história da CLDF, os distritais não entrarão de férias no prazo regimental: 15 de dezembro.
Os distritais presentes na CLDF criticaram a medida governista de esvaziar a sessão. “É um absurdo o governo perder em plenário e agora querer fazer esse jogo. Deveríamos votar [o PLOA] para mostrar que esta Casa não pode se submeter a esse tipo de atitude. Mas o governo conseguiu adiar a votação”, criticou Chico Vigilante (PT).
O vice-presidente da Câmara Legislativa, Wellington Luiz (PMDB), criticou os colegas que não compareceram à sessão. “O governador chamou uma reunião hoje, às 14h, e pediu para não votarem o PLOA. Quero lembrar aos meus colegas que estão prejudicando a população. No ano que vem, será ela que vai votar, não o governador”, alertou o peemedebista.
O grupo que estava no plenário posou para uma foto (foto em destaque).