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Grande parte dos manifestantes já deixou gramado em frente ao Congresso, mas alguns ainda prometem resistir

O prazo dado pelo presidente Eduardo Cunha (PMDB/RJ) para desocupação da área termina às 19h deste sábado (21/11). Polícia está monitorando

atualizado

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Michel Melo/Metrópoles
1 de 1 - Foto: Michel Melo/Metrópoles

Aos poucos, o gramado em frente ao Congresso Nacional vai sendo desocupado. Mas muitos manifestantes que estão acampados por lá prometem resistir e enfrentar a Polícia Militar, que já foi autorizada a usar a força caso o acampamento não seja desfeito até as 19h. Até o início da tarde deste sábado (21/11), cerca de 60 pessoas continuavam em frente ao espelho d’água. Na quinta-feira (19/11), havia cerca de 400 barracas no local.

Na mesma quinta, o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB/RJ) se reuniu com o colega de partido Renan Calheiros e o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) para estabelecer um prazo de 48 horas para que todos os acampados deixassem a Esplanada dos Ministérios. O limite de permanência dos manifestantes vence às 19h deste sábado.

Mesmo já em número menor, alguns integrantes dos movimentos que ocupam a área prometem resistir à desocupação. O morador de Goiânia Emerson Araújo, 25 anos, diz que vai retornar ao prédio do Congresso se houver mesmo a retirada. “O prazo foi muito pequeno e de última hora. Tem gente que veio de longe”, explica ele, que afirma ser o fundador do Movimento Republicano.

Emerson está no Acampamento Patriota e promete não sair enquanto não entregar aos deputados e senadores medidas que propõem, entre outros temas, a criação de lei anticorrupção. Ele também defende a saída da presidente Dilma Rousseff, legalização do porte de arma e o livre comércio, além da instituição do imposto único.

Pouco antes do anúncio da necessidade de desocupação do gramado, um dos líderes do acampamento chegou a ameaçar realizar uma “carnificina” se fossem obrigados a sair. “Vamos resistir. Estamos armados e se houver isso (retirada) vai ter uma carnificina aqui”, afirmou.

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