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Distritais prometem um dia de cão para o GDF

Contrariados com a decisão do governo de empurrar o aumento dos servidores para outubro de 2016, parlamentares manterão “greve de votos” e dizem que projetos de autoria do Executivo não serão apreciados em plenário

atualizado

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1 de 1 - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A terça-feira (27/10) será a primeira prova de fogo do governador Rodrigo Rollemberg (PSB) na Câmara Legislativa desde o anúncio do calendário de pagamentos do reajuste do funcionalismo local, feito na sexta-feira passada (23). O governador, que diz só ter condições de aplicar o aumento dos salários a partir do segundo semestre de 2016, condiciona o acréscimo nos contracheques à aprovação de uma série de medidas no parlamento. Só falta combinar com os zagueiros adversários, como costumava dizer o jogador de futebol Mané Garrincha.

Rollemberg não conseguiu distensionar as relações do Executivo com a Câmara, e os distritais já avisaram que manterão a “greve de votos” iniciada após a reforma administrativa anunciada no último dia 13. Desde então, o plenário não aprecia projetos do Executivo.

O coro para barrar as propostas do Executivo é puxado pelo peemedebista Wellington Luiz. O deputado acusa o governador de empurrar para a Câmara a responsabilidade pelo aumento do funcionalismo. “Rollemberg erra a estratégia ao protelar os aumentos e usar esses servidores públicos como massa de manobra para a Câmara aprovar o aumento de impostos. Na minha opinião, falta transparência no GDF”, dispara.

Outro que também declara obstrução à pauta nesta terça-feira (27) é o petista Ricardo Vale. “A Câmara já fez muito pelo governo Rollemberg nestes 10 primeiros meses. Vou continuar em obstrução até que fique clara a política de arrecadação deste governo e que ele apresente uma nova proposta de reajuste mais coerente aos servidores.”

São 11 os projetos de autoria do Executivo que Rollemberg quer aprovar para garantir o aumento do funcionalismo. Seis já tramitam na Casa. Um deles, por exemplo, estipula cobrança pelo uso de áreas públicas, conforme antecipou o Metrópoles.

Reunião de líderes
A terça-feira também marca o primeiro teste de habilidade do novo secretário-adjunto de Relações Institucionais e Sociais, Igor Tokarski: a reunião de líderes na Presidência da Câmara. Caberá a ele convencer os parlamentares a votar as propostas do chefe do Executivo local.

A posição de alguns parlamentares é legítima, mas é preciso haver diálogo. Os reajustes estão condicionados à aprovação desses projetos para serem pagos a partir de outubro de 2016

Igor Tokarski, secretário-adjunto de Relações Institucionais e Sociais

A presidente da Casa, Celina Leão (PDT), diz que só levará ao plenário as matérias em que houver consenso dos líderes. “A gente vai passar [os projetos de lei do Executivo] ao colégio de líderes. Se a maioria entender que eles devem ser votados, a gente vai votá-los”, afirma. No entanto, ela resume o sentimento dos colegas em relação ao GDF atualmente: “A Câmara não será pressionada desse jeito”.

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