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Celina Leão e Raimundo Ribeiro são afastados da executiva do PPS

Segundo partido, o afastamento foi a pedido dos próprios parlamentares, que estão entre os alvos da Operação Drácon, deflagrada nesta terça-feira (23/8) pela Polícia Civil e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Raimundo e Celina
1 de 1 Raimundo e Celina - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Os distritais Celina Leão e Raimundo Ribeiro, ambos alvos da Operação Drácon deflagrada nesta terça-feira (23/8) pela Polícia Civil e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), foram afastados da Mesa Diretora e também da Comissão Executiva do Partido Popular Socialista (PPS). Os deputados distritais se mantêm no partido, mas não farão parte do grupo que toma as decisões dentro da legenda.

De acordo com o presidente do PPS no DF, Chico Andrade, a decisão foi tomada em comum acordo com os deputados distritais para garantir a lisura das investigações. “É preciso permitir que o direito de defesa seja exercido na mais ampla transparência. Eles (os distritais) se mantêm filiados, mas não participarão das deliberações da comissão executiva”, afirmou Andrade.

Em nota, o PPS disse que considera extremamente graves as denúncias que pesam sobre os deputados distritais, inclusive sobre os membros da Mesa Diretora. “Por isso, apoiamos as investigações em andamento. A sociedade brasiliense esperava medidas com este grau de firmeza.” A nota destaca que Celina e Raimundo Ribeiro pediram afastamento da comissão executiva,  o que foi aceito prontamente.

Outros posicionamentos

Também em nota, o Bloco Sustentabilidade e Trabalho, que inclui os distritais Chico Leite (Rede), Claudio Abrantes (Rede), Joe Valle (PDT), Professor Israel (PV) e Professor Reginaldo Veras (PDT), defende que os deputados envolvidos nas denúncias se afastem de seus mandatos até que o caso seja totalmente esclarecido, e não somente da Mesa Diretora.

Já a Bancada do Partido dos Trabalhadores (PT), composta pelos deputados Chico Vigilante, Ricardo Vale e Wasny de Roure, cobrou a abertura imediata de representação no Conselho de Ética da Casa para apurar as denúncias relacionadas aos parlamentares implicados nas denúncias de corrupção, “em virtude dos claros indícios de quebra da Ética e do Decoro Parlamentar”.

O PSD, do deputado Cristiano Araújo, que também foi alvo da operação, diz que apoia a ação e está acompanhando os fatos. Sobre o mandado de busca e apreensão realizado no gabinete do deputado distrital Julio Cesar (PRB), a assessoria do parlamentar diz que ele desconhece o teor do inquérito e que está disposto a auxiliar nas investigações. (Colaborou Manoela Alcântara)

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