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Pedreiros são impedidos de usar banheiro em obra de Águas Claras

Moradora que reformava o apartamento instalou um banheiro químico do lado de fora do prédio, que foi retirado após reclamações de condôminos

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Foto de um banheiro químico na rua em frente a um prédio
1 de 1 Foto de um banheiro químico na rua em frente a um prédio - Foto: Reprodução/ Facebook

Após gerar polêmica entre moradores de um condomínio, um banheiro químico instalado na rua 8 de Águas Claras foi removido do local na tarde da quinta-feira (27/6). A estrutura foi instalada por uma residente do prédio para uso dos pedreiros que reformavam o apartamento dela, uma vez que eles foram impedidos de usar tanto o banheiro da residência, quanto do condomínio.

O banheiro incomodou os outros condôminos, pois passava o dia inteiro aberto e sem tranca, possibilitando a utilização de quem circulava pela área. Além disso, o espaço instalado não era higienizado e não tinha lugar para lavar as mãos, nem toalha ou papel toalha.

Sendo assim, o modelo do banheiro químico não cumpria os requisitos recomendados pelo Ministério do Trabalho. A norma cita que, nas frentes de trabalho, deve ser disponibilizada uma instalação sanitária, podendo ser utilizado banheiro químico, com descarga ou isolamento dos dejetos, ventilação, material para lavar e enxugar as mãos.

Também é proibido o uso de toalhas coletivas, e deve ser garantida a higienização diária do banheiro, que nesse caso seria responsabilidade de quem o instalou, ou seja, a moradora do apartamento – que não foi identificada.

“A AMAAC repudia a iniciativa da moradora, que desrespeitou as condições mínimas de trabalho estabelecidas na NR-18 do Ministério do Trabalho, expondo seus contratados a uma situação, no mínimo, constrangedora. Não podíamos aceitar, como defensores da legalidade em nossa cidade, que isso acontecesse”, declarou o presidente da Associação de Moradores e Amigos de Águas Claras, Román Dario Cuattrin.

Negócios prejudicados

Mas não foram apenas os moradores que se sentiram prejudicados pelo banheiro químico. A corretora de imóveis, Maria Araújo, sentiu que o banheiro estava atrapalhando a comercialização de apartamentos no prédio.

“Por se tratar de um prédio de alto padrão, com valor bem considerável e que tem um público com uma exigência grande, a repercussão negativa do banheiro químico acabou prejudicando os negócios. Muitos dos possíveis compradores me questionaram sobre o banheiro. Mas eu sabia que esse problema era temporário e que mais cedo ou mais tarde eles iriam tirar o banheiro de lá”, conta.

A AMAAC recebeu uma reclamação dos moradores e encaminhou para a Ouvidoria da Secretaria de Estado de Proteção da Ordem Urbanística do Distrito Federal (DF Legal). Na manhã da segunda-feira (27/6), uma fiscal do órgão esteve no local, tirou foto do banheiro e procurou a moradora para notificá-la já que a estrutura estava em área pública, e que por isso, deveria ser retirada.

O sindico do condomínio ainda esclareceu, em e-mail oficial, que os sanitários usados pelos empregados do condomínio sempre estiveram disponíveis para o uso dos pedreiros.

“Assim que o sindico viu o banheiro químico, ele entrou em contato com a moradora. Mas ela não queria que eles usassem nenhum dos banheiros do prédio e ainda queria alugar um container do lado de fora para eles trocarem de roupa”, explicou Román.

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