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Pedido de “coronavoucher” é feito em nome de Marcola, líder do PCC

O requerimento constava no site da Caixa até a tarde desta quinta e foi retido após a Dataprev ser acionada pelo Metrópoles

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Ministério armas homem sendo escoltado
1 de 1 Ministério armas homem sendo escoltado - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Entre os milhares de requerimentos para receber o auxílio emergencial do governo federal, um chama a atenção. Trata-se de pedido feito em nome do líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola. Ele cumpre pena no Presídio Federal de Brasília, onde estão outros integrantes da facção considerados extremamente perigosos.

Até a manhã desta quinta-feira (25/06), o nome de Marcola constava como sob análise no site da Caixa Econômica Federal. Após a Dataprev ser acionada pela reportagem do Metrópoles, o requerimento foi retido, por estar sob suspeita.

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A Dataprev disse que o CPF em questão “já está na blacklist do seu banco de dados, assim como outros informados pelo Depen [Departamento Penitenciário Federal]”.  Às 13h, a reportagem consultou o cadastro novamente e constava que o “requerimento estava retido para processamento adicional”.

Fontes do Departamento Penitenciário Federal (Depen) confirmaram que a solicitação foi feita, mas alertaram que fraudadores podem ter utilizado os dados do interno para solicitar o benefício, uma vez que o acesso à internet é terminantemente proibido no sistema federal.

A reportagem apurou, ainda, que o Depen, apesar de não ser o responsável por fiscalizar e liberar qualquer recurso federal referente ao auxílio faz, paralelamente, um levantamento dos nomes de internos que podem ter sido usados em fraudes ou por familiares. Alguns chegaram a receber a quantia. Os dados serão enviados ao Dataprev.

Resgate
Preso no Distrito Federal desde março do ano passado, Marcola desembolsou cerca de R$ 200 milhões para que os comparsas o “resgatassem” da prisão. O dado foi confirmado pelo Metrópoles com fontes ligadas à segurança pública.

Inicialmente, a informação era a de que o montante de R$ 80 milhões já teria sido repassado aos encarregados de elaborarem o suposto plano de fuga. O aumento de 150% no valor ocorreu exatamente no momento em completou um ano da transferência de Marcola para os presídios de segurança máxima.

Um bilhete interceptado por autoridades de São Paulo no ano passado apontava planejamento de uso de blindados. Segundo as apurações, a facção utilizaria dois helicópteros, além de granadas, metralhadoras de calibre .50 e fuzis.

Exército
Em dezembro do ano passado, a ação de criminosos que pretendiam libertar o chefe da facção foi revelada pelo Metrópoles em primeira mão. A suspeita fez com que os ministérios da Justiça e da Defesa fechassem um acordo para intensificar a segurança do complexo, localizado em São Sebastião.

Militares do Exército Brasileiro foram direcionados para a penitenciária de segurança máxima, onde ficaram de prontidão, com carros blindados. As informações sobre o plano de resgate partiram de São Paulo.

O estado é berço da facção criminosa. O plano seria chefiado pelo traficante internacional Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido como Fuminho. Ele acabou preso pela Polícia Federal, na África, e também foi transferido para um presídio de segurança máxima no Paraná.

Marcola foi preso pela primeira vez pela polícia paulista no fim da década de 1990, por roubos a carros-fortes e bancos. Já na prisão, recebeu a condenação por formação de quadrilha, tráfico de drogas e homicídio. Ele cumpre pena que ultrapassa 300 anos.

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