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PCDF procura por suspeito de atingir pai e filha com fogos de artifício: “Prioridade”

Homem passava com a filha de 2 anos por uma rua em que havia grande festa de Ano-Novo, quando foi atingido no rosto por estilhaços

atualizado

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PCDF/Divulgação
Homem ferido no rosto
1 de 1 Homem ferido no rosto - Foto: PCDF/Divulgação

Investigadores da 24ª Delegacia de Polícia (Setor O) procuram pelo suspeito de ter atingido um pai e uma bebê, com fogos de artifício, na madrugada de sexta-feira (1º/1), na QNO 20 da Expansão do Setor O, em Ceilândia. Na ocasião, Joel Luiz da Silva Ferreira (foto em destaque), de 23 anos, e a filha dele, de apenas 2, passavam pela rua, por volta de 2h, quando estilhaços de fogos caíram sobre eles.

No local, acontecia uma comemoração de Réveillon, com centenas de pessoas. “Eu tinha saído da igreja e chegava na casa da minha cunhada para desejar ‘feliz Ano-Novo’. Vi que tinha muita gente e não queria passar pela rua, por causa das minhas filhas, mas era o jeito. Não cheguei nem a dar 10 passos e fui atingido”, lembra o técnico em enfermagem.

De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o crime está sendo investigado como “lesão corporal culposa” e, até o momento, ainda não há identificação do autor. Contudo, “o caso será tratado com prioridade”.

Esposa de Joel e mãe da criança que também foi atingida, Vitória Régia de Souza Sampaio, 20, diz que a família já repassou à polícia informações sobre um suspeito de ter provocado a explosão dos fogos. “Eu fiquei desesperada na hora, sem saber o que fazer. Sorte que tivemos ajuda, porque se eu estivesse sozinha, não conseguiria lidar”, relembra.

“Como tinha muita gente no local, alguns conseguiram ver quando um rapaz apontou para acender os fogos. Então, a gente passou para os policiais as informações que temos, de quem pode ser, e vamos esperar as investigações. Hoje (4/1), vamos ao IML para eles fazerem os exames, de forma que isso possa ajudar na apuração da polícia”, completa a esposa de Joel.

Fogos de artifício

A sobrinha do técnico em enfermagem conta que o tio chegava em sua casa para que a família fosse, de lá, para a residência de uma vizinha, na mesma rua. “Nós estávamos indo para um churrasco ao lado, a umas cinco casas da minha. Então, saímos e fomos passando pela multidão para chegar lá. Foi quando um homem apontou um rojão para o lado e estourou. Eu só vi meu tio correndo e a neném chorando”, relata Daniele Pereira da Silva, 22 anos.

Joel chegou a abraçar a filha na tentativa de protegê-la, mas a criança acabou sendo ferida também. “A rua estava muito lotada e um rapaz estava soltando fogos. Todo mundo pedia para ele parar e, mesmo assim, ele continuava. Meu tio estava com a bebê de 2 anos no colo e a mulher dele estava com a outra, de 6 meses”, narra ela.

“Na hora que aconteceu, eu vi que ele colocou a mão no rosto e só tinha sangue. Achei que a neném estava só chorando de assustada, mas ela também foi atingida, na perna e um pouquinho no rosto”, completa.

Em seguida, a família transportou os dois para o Hospital Regional de Ceilândia (HRC). A menina recebeu alta no mesmo dia. Já o pai foi transferido para o Hospital de Base, onde precisou fazer uma cirurgia no rosto, e só voltou para casa no sábado.

Segundo Joel, a pequena ainda está com a perna queimada e sente dores. “Na hora, eu a abracei e coloquei o rosto na frente dela, mas ainda assim ela ficou bastante ferida. Foi muita irresponsabilidade da pessoa”, lamenta.

No dia 1º, a família de Joel registrou um boletim de ocorrência na 24ª Delegacia de Polícia (Setor O).

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Festa lotada

De acordo com a Polícia Militar do DF (PMDF), uma equipe foi acionada para atender uma ocorrência envolvendo disparo de arma de fogo no endereço. Ao chegar na festa, o público reduziu o volume do som, a pedido dos militares. Eles realizaram várias abordagens, mas ninguém foi preso.

Contudo, conforme a corporação, no momento em que os PMs tentaram encerrar o evento, um grupo começou a arremessar objetos contra os policiais. Em seguida, os policiais dispararam tiros com balas de elastômero, popularmente conhecidas como balas de borracha, e usaram bombas de gás, para conter o tumulto.

O evento foi nomeado “Bailão da 20” e reuniu centenas de pessoas, aglomeradas e sem máscara de proteção, em meio à pandemia do novo coronavírus. Confira, a seguir, imagens do local durante a madrugada de Ano-Novo:

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