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Parcelamento irregular no DF rendeu mais de R$ 1 milhão a criminosos

Falsos corretores foram presos e dois escritórios de advogados de Taguatinga se tornaram alvos de operação da Dema

atualizado

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PCDF/Divulgação
Gleba parcelada
1 de 1 Gleba parcelada - Foto: PCDF/Divulgação

A Polícia Civil fechou o cerco contra uma organização criminosa acusada de parcelar irregularmente uma área pública e faturar mais de R$ 1 milhão com a venda de lotes em Brazlândia. De acordo com a delegada-chefe-adjunta da Delegacia Especial de Proteção ao Meio Ambiente e à Ordem Urbanística (Dema), Mariana Araújo Almeida, três mandados de prisão temporária e seis de busca e apreensão foram cumpridos.

Os alvos são falsos corretores que estavam em Brazlândia e Ceilândia. As buscas foram cumpridas em dois escritórios de advocacia, em Taguatinga. Um suspeito continua foragido.

As investigações apontaram que o grupo agia em Brazlândia desde 2010, quando se iniciou o parcelamento.  “As apurações mostraram que os lotes ainda continuam sendo vendidos. A área já tinha passado por derrubadas promovidas pela Agência de Fiscalização do DF (Agefis) e o líder se aproveitava desse fato, já que algumas famílias desistiram de construir no local, e revendia o mesmo lote a terceiros. Ele chegou a comercializar o mesmo terreno a duas ou três pessoas”, comentou a delegada.

A área total tem aproximadamente 50 mil metros quadrados, que foram divididos em terrenos de mil metros quadrados. “Eles cobravam R$ 35 mil em cada lote e acreditamos que todos foram vendidos por mais de uma vez”, assinalou a delegada.

O líder do grupo, identificado pelas iniciais C.L.M, é suspeito de atuar em parcelamentos irregulares do solo em diversas regiões do DF e também já foi indiciado por estelionato. “Ele também vende terras que não tem localização geográfica. Essa associação está sendo investigada não apenas pelo crime de parcelamento irregular, mas também por dano ambiental, associação criminosa, estelionato, falsificação de documentos e lavagem de dinheiro”, pontuou Mariana Araújo Almeida.

Ainda segundo a delegada, para se aproximar dos possíveis compradores, o líder da organização fingia ser corretor de imóveis. “As pessoas o procuravam em razão de ele já ser conhecido na região. Além disso, distribuía faixas e fazia propagandas do negócio”, afirmou.

Os suspeitos também se preocupavam em dar suposta legalidade aos negócios. “Forjavam cessões de direito. Como aqui no DF essa situação já ficou bastante conhecida e os cartórios estão se atentando a essas documentações, eles procuravam os de cidades do Entorno”, garantiu a delegada da Dema.

Os suspeitos são parentes, detalhe que deu o nome da ação de Operação Parentela. Representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF) acompanham as buscas que são feitas em escritórios de Taguatinga.

Ainda segundo a Dema, o parcelamento irregular foi feito em Área de Preservação Ambiental da Bacia do Descoberto, que abrange o principal manancial de abastecimento de água de Brasilia. A polícia alerta que a retirada de vegetação nativa e a impermeabilização do solo decorrente das construções oriundas do parcelamento causam danos ambientais de dimensões inestimáveis.

 

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