Onda de feminicídios faz CLDF acelerar projetos que protegem mulheres

Antes do final de junho de 2021, DF registrou 16 feminicídios. Ao longo de todo ano de 2020, foram 17 casos

Francisco Dutra
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O Distrito Federal registrou 16 feminicídios em 2021, segundo o painel interativo da Secretaria de Segurança Pública. Apenas em junho, quatro mulheres perderam a vida. Ao longo de 2020, foram computados 17 crimes desta natureza. A nova onda de crimes acelerou a votação de projetos para a proteção das vítimas na Câmara Legislativa (CLDF).

Após a conclusão das investigações, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Feminicídio formulou projetos de lei para prevenir, combater e aumentar a proteção das mulheres. Conforme acordo no Colégio de Líderes da CLDF, as propostas deverão ir ao plenário para votação a partir desta terça-feira (22/6).

“Ou o poder público se une em torno de um grande pacto de defesa ou continuaremos perdendo vidas para o machismo”, assinalou o deputado distrital Fábio Felix, relator da CPI do Feminicídio.

No domingo (20/6),  Thaís Campos (foto em destaque), 27 anos, foi morta com tiros à queima-roupa. Imagens da câmera de segurança da casa, localizada em Sobradinho, mostram o momento do crime. A jovem foi atingida por pelo menos três disparos. Osmar de Sousa Silva, ex-companheiro da vítima, confessou o crime.

Vigilância e órfãos

O membros da CPI sugeriram a criação do  Observatório de Violência contra a Mulher e Feminicídio e de relatórios para fiscalizar não apenas os crimes, mas quais medidas de enfrentamento foram adotadas pelo Poder Público e desempenho das mesmas.

O pacote também busca reforçar as medidas protetivas para as mulheres antes e após as tentativas de feminicídios, incluindo a oferta de passe-livre no transporte público. Além dos projetos da CPI, também está na pauta um PL que visa reforçar a rede de acolhimento aos órfãos do feminicídio. Segundo o portal, entre as vítimas, 101 eram mães.

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