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Na Praia, Capital Moto Week e Ice Park: prepare o bolso e divirta-se

O Metrópoles visitou os três principais eventos deste fim de semana e detalha por quanto sai a diversão nesses complexos de lazer

atualizado

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Felipe Menezes/Metrópoles
Brasília (DF), 15/07/2017 Na Praia – Gustavo LimaLocal: Na Praia Foto: Felipe Menezes/Metrópoles
1 de 1 Brasília (DF), 15/07/2017 Na Praia – Gustavo LimaLocal: Na Praia Foto: Felipe Menezes/Metrópoles - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

Três grandes eventos culturais têm movimentado Brasília nas últimas semanas. O Metrópoles visitou o Brasília Capital Moto Week, o Na Praia e o Brasília Ice Park para saber quanto custa se divertir em cada um deles e quais as opções ofertadas.

Os organizadores dos três eventos montaram boas estruturas para receber o público brasiliense. Mas, para desfrutar dos serviços, os frequentadores devem preparar o bolso. As entradas variam entre R$ 5 e R$ 1.700, a meia-entrada, de acordo com o número de dias e atrações. O preço das bebidas e das comidas também varia bastante e pode pesar no orçamento.

O Brasília Capital Moto Week, por exemplo, é gratuito para quem for de moto. Aos demais frequentadores, o ingresso custa R$ 25 a meia-entrada e as comidas partem de R$ 6, mesmo valor de uma lata de cerveja. Os shows  que ocorrerão dentro do complexo montado na Granja do Torto, como dos Paralamas do Sucesso e do Jota Quest, estão incluídos no valor do bilhete. O evento termina neste domingo (30).

No Brasília Ice Park, instalado no Pontão do Lago Sul, o acesso é mediante o pagamento de R$ 5, de segunda a quinta-feira, enquanto a pista de patinação exige o pagamento de R$ 30 por 30 minutos de diversão. Às sextas e fins de semana, o valor da entrada sobe para R$ 10, e da diversão no gelo para R$ 50.

Já o Na Praia tem a entrada mais barata aos domingos, R$ 70, sendo R$ 50 convertidos em consumação. Por outro lado, há shows que chegam a custar R$ 780 a inteira, como o da dupla Jorge & Mateus, programado para 19 de agosto. O passaporte de R$ 1.700 dá acesso a todos os shows de sábado, quando as principais atrações vêm ao complexo montado próximo à Concha Acústica.

Uma combinação simples nos três locais, envolvendo entrada, bebida e refeição, por exemplo, iguala ou supera o valor cobrado por restaurantes da capital. O preço do menu completo em um festival gastronômico da cidade — com entrada, prato principal e sobremesa — sai, em média, a R$ 43,90 no almoço e R$ 54,90 no jantar (preço individual). Um crepe com suco natural, uma cerveja e a entrada para o Moto Capital gera uma despesa de R$ 51. Para patinar no Ice Park no fim de semana, comer um hambúrguer e tomar um refrigerante o custo é de R$ 82. Em um domingo no Na Praia, o visitante vai desembolsar R$ 88 com a entrada e um açaí.

A seguir, o detalhamento das atrações de cada um dos três eventos selecionados pelo Metrópoles:

Diversão com motos e música

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Com investimento de R$ 5,6 milhões, o Brasília Capital Moto Week ocupa 200 mil m² de área, com 200 lojas espalhadas pela arena: cerca de 50 são destinadas à gastronomia. É possível comer a partir de R$ 6, preço de um pastel em um dos estandes. Um sanduíche de cupim ao molho de cerveja preta, por exemplo, sai a R$ 9,90, enquanto um kebab custa entre R$ 18 e R$ 20.

A nossa ideia é [oferecer] um complexo de entretenimento acessível a todos. Para uma família inteira vir, com três a cinco pessoas, por exemplo, o preço do ingresso não poderia ser alto. Aqui dentro não vamos cobrar R$ 15 em um churrasquinho porque o público não vai comprar. O perfil do nosso público não paga caro. Aqui dentro as coisas têm custo abaixo da média. É bastante acessível

Pedro Affonso Franco, organizador do Brasília Capital Moto Week

A organização fechou patrocínio com uma única marca de cerveja, que vende a lata por R$ 6. Uma dose de uísque custa R$ 15, enquanto uma caipirinha pode ser encontrada por R$ 5,90. Para matar a sede com um chope, o visitante precisa desembolsar R$ 7,50. De acordo com os organizadores, o evento gera 7 mil empregos e deve ser visitado (até domingo, último dos nove dias de atraçõess por mais de 650 mil pessoas.

“Achei o espaço muito bom e bem aproveitado. Sobre os preços, tem algumas coisas caras e outras com bom preço, sendo essas últimas a maioria”, avaliou o defensor público Guilherme Panzehagen, de 29 anos, que esteve no evento em três oportunidades.


Patinação à beira do lago

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Em sua primeira edição, o Ice Park tem como grande atração a pista de patinação de 450m². Para curtir o pôr do sol às margens do Paranoá e deslizar pelo gelo, entre segunda e quinta-feira, o visitante desembolsa R$ 30 por 30 minutos. De sexta a domingo, o valor fica em R$ 50.

A organização não informou os valores investidos e nem a previsão de lucro. O local conta com uma boa estrutura e tem cinema ao ar livre como atração gratuita. Segundo os organizadores, o espaço de 6 mil m² abriu 80 empregos diretos e 200 indiretos.

“Achei os preços um pouco salgados. A pista [de gelo] não é tão cara, mas a espera de 2h30 é o mais cruel. Estimo que vou gastar R$ 150 aqui”, disse o publicitário Marco Antônio Carlini, 46 anos, que foi ao local acompanhado da esposa Rênia, 38, e do filho Caio, 8. A auxiliar de informática Jerecy Moreira, 49, estabeleceu o mesmo teto de gastos que Marco Antônio. “Achei legal. A estrutura me surpreendeu. O preço achei dentro do que gasto em outros locais”, resumiu.

Tivemos a preocupação de um evento acessível. Dentro do ingresso, já entregamos o cinema e a programação musical. Acredito que o valor está na média e até abaixo do que costuma ser cobrado no Plano Piloto. Pela localização está acessível, não há segregação pelo valor cobrado e está condizente com o mercado

André Fratti, organizador do Brasília Ice Park


Praieira no Paranoá

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O Na Praia é um dos eventos mais requisitados de Brasília e nem mesmo os altos preços afastam o público. A estrutura de 11 mil m² leva para a Concha Acústica shows de artistas consagrados, entre eles Ivete Sangalo, Gusttavo Lima e Jorge & Mateus. De acordo com os organizadores, o investimento para a edição 2017 foi de R$ 12 milhões: eles esperam uma rentabilidade de 12%. O evento abriu 1.500 postos de trabalho e emprega 70 pessoas no escritório. A infraestrutura saltar aos olhos, assim como os detalhes e os cuidados com cada espaço do complexo.

Os gastos são muito planejados, tudo feito com planilhas. Tem dia que o cliente paga R$ 70, sendo R$ 50 de consumação. Onde se vê um show em Brasília por R$ 20? Nós investimos muito em estrutura e também tem a virada dos lotes. Até essa variação dos preços é calculada porque não podemos cobrar o mesmo preço todo o tempo e para todo mundo

Rafael Damas, sócio da R2 Produções, uma das organizadoras do evento

O público, em geral, tem aprovado as atrações. “No domingo, o custo benefício é legal. O espaço oferece várias opções de comida e bebida e a música rola por muitas horas. A festa, em si, vale e o retorno é legal”, listou o educador físico Guilherme Pereira, 31 anos. No entanto, ele faz uma ressalva: “No sábado é surreal, não dá para pagar R$ 300 para entrar em uma festa”.


Cartão de consumo
Um recurso que tem sido bastante utilizado na cidade é a adoção do cartão de consumo. As operações de venda de bebida e comida nos três eventos visitados pelo Metrópoles são feitas dessa forma. A medida, segundo os organizadores, é para dar segurança aos clientes, que não precisam manusear dinheiro e nem utilizar cartões de débito ou crédito a todo instante. A forma de reembolso nos locais visitados é diferente. Porém, de acordo com especialistas ouvidos pela reportagem, os três infringem de alguma forma o código do consumidor.

“O estabelecimento comercial decide a forma segura para o consumidor. O que não pode é cobrar uma taxa. Se o cliente não consumir o total que ele recarregou e quiser o valor de volta, o estabelecimento é obrigado a devolver, inclusive, o valor pago pelo cartão”, explica Geraldo Tardim, presidente do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec).

A devolução, segundo o Instituto de Defesa do Consumidor (Procon), deve ser imediata. “O reembolso do que não foi consumido deve ser efetuado na hora e de forma integral. Uma TED (Transferência Eletrônica Disponível), por exemplo, demora cerca de 30 minutos. Não é razoável que o cliente espere, isso demonstra um comportamento abusivo”, acrescenta Felipe Mendes, assessor jurídico do Procon-DF.

Tanto o Brasília Capital Moto Week quanto o Na Praia devolvem integralmente os valores não gastos. O dinheiro, porém, só é transferido para o cliente via transação bancária até 20 dias após o evento. O Brasília Ice Park, por sua vez, cobra uma taxa de impostos recolhidos pela Secretaria de Fazenda e pelas administradoras de cartões de débito e crédito. Segundo os órgãos de defesa do consumidor, a medida é ilegal. O evento, no entanto, é o único que oferece a opção de devolução em dinheiro na hora.

Para combater eventuais abusos, o Procon atua de duas formas: recebe as reclamações, aciona o estabelecimento e procura a mediação. Nos casos em que a situação é recorrente, promovem uma ação fiscalizatória. É possível fazer denúncias pelo telefone 151.

 

Aproveite: 

Brasília Capital Moto Week
21 a 30 de julho
Granja do Torto
Ingressos: entrada franca para motociclistas (com direito a acompanhante na garupa). R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia-entrada, mediante doação de 1kg de alimento)
http://www.capitalmotoweek.com.br

Brasília Ice Park
21 de junho a 13 de agosto
Pontão do Lago Sul
Acesso ao Parque: R$ 5 (segunda a quinta-feira) e R$ 10 (de sexta a domingo)
http://www.brasiliaicepark.com.br

Na Praia 2017
1 de julho a 27 de agosto de 2017
Complexo Na Praia (SHTN, atrás da Concha Acústica)
Ingressos: entre R$ 70 e R$ 1.700 (meia-entrada)
www.tevejonapraia.com.br

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