Vídeo: policial penal de GO saca arma e ameaça funcionários em empresa
O servidor exigia entrega de relatórios e balanços financeiros do estabelecimento supostamente a mando da ex-companheira do empresário
atualizado
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Um empresário de 48 anos teme por sua vida após um policial penal de Goiás entrar em uma de suas empresas armado e apontar uma pistola para um de seus funcionários. A ameaça ocorreu na quarta-feira (14/9). O servidor teria ido ao estabelecimento exigir a entrega de relatórios e balanços financeiros supostamente a mando da ex-companheira da vítima.
O casal mantinha relação estável há 10 anos e tem dois filhos. No entanto, em janeiro deste ano, a mulher pediu a separação. O homem, então, sugeriu a divisão de todos os bens, incluindo quatro empresas e alguns imóveis. A ex não aceitou a oferta e defendeu que ambos permanecessem como sócios. Porém, um dos empreendimentos passava por dificuldades financeiras e a mulher passou a suspeitar que o ex-esposo tentava quebrar a firma propositalmente.
O desequilíbrio financeiro ocorreu após a retirada de R$ 2 milhões do capital para a construção de uma pousada em Alto Paraíso (GO). Logo em seguida, veio o pedido de separação. “Eu havia encontrado a solução para recapitalizar a empresa, pedindo um empréstimo e colocando o imóvel de Alto Paraíso como garantia”, explicou.
Veja momento em que policial penal ameaça funcionários da empresa:
Ameaças
Segundo o empresário, ele nunca negou o acesso da ex-mulher aos documentos de contabilidade. “Eu temo pela minha vida. O atual companheiro dela é policial penal de Goiás e possui um estande de tiro. A minha ex-mulher, inclusive, passou a treinar tiro”, disse.
O policial penal que entrou no estabelecimento exigindo os documentos exerce a mesma função que o atual namorado da ex-companheira do empresário. “Atualmente estou morando em um hotel e correndo risco. Registrei uma ocorrência na delegacia de Valparaíso, que apura os fatos”, explicou.
O outro lado
Em nota, a defesa da ex-companheira do empresário defendeu que trata-se de uma causa familiar e patrimonial sub judice entre os sócios. Confira a nota na íntegra:
Há uma causa familiar e patrimonial sub judice entre os sócios, que também viveram um casamento e têm filhos. Então, neste momento, sem quebrar o compromisso com o sigilo que envolve a causa, enfatizamos que o policial, amigo da sócia da empresa, agiu conforme conduta profissional. É preciso dizer que o homem abordado estava no ambiente puramente com o objetivo intimidatório e portava uma arma de fogo sem o devido porte.
A situação se deu da seguinte maneira: primeiramente, constrangeu a dona da empresa ao se negar a sair do local. Cabe ressaltar que o homem não é funcionário da empresa em que os fatos ocorreram e, também, não estava autorizado a frequentar o ambiente. Segundo, foi apenas após identificar que o homem estava armado que o policial empunhou a sua arma, seguindo a conduta policial e, como é possível identificar no vídeo, em momento algum apontou a arma a ninguém.
Por fim, o caso foi resolvido sem intercorrências. Apenas foi esclarecido que o homem tem posse de arma, e não porte (o que dá a permissão para ter arma em casa, mas não portar na rua, menos ainda dentro de uma empresa que sequer é funcionário). Assim, ele foi orientado a mantê-la em casa, já que suas ações poderiam colocar em risco as demais pessoas dentro daquele estabelecimento. Reiteramos que há uma causa judicial familiar e patrimonial em andamento e que não deve ser comprometida por versões tendenciosas de um único episódio.