MP denuncia grupo que vendia de cerveja fake por organização criminosa
Denúncia acusa quatro pessoas de fazer parte de esquema criminoso para comprar e falsificar data de validade de embalagens de cervejas
atualizado
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O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou quatro pessoas pelo esquema de venda de cerveja vencida no DF. A acusação considera os envolvidos integrantes de uma organização criminosa para revender a bebida a donos de bares na região administrativa do Sol Nascente. Documento foi apresentado à Justiça na terça-feira (18/4).
A denúncia, assinada pelo promotor Paulo Roberto Binicheski, detalha que, de outubro de 2022 a 29 de março último, os investigados operavam um esquema com divisão de tarefas para comprar cervejas próximas à data de vencimento, adulterar o prazo de validade do produto e reinseri-las no mercado.

Dono da empresa foi preso em flagrante Divulgação PMDF

Fabrica trocava data de validade das cervejas Divulgação/PCDF

Operação ocorreu em 30 de março Divulgação/PCDF

Quinze pessoas trabalhavam no local, segundo a PCDF Divulgação/PCDF

Empresa também colocava cerveja barata em garrafas de bebidas mais caras Divulgação/PCDF

Criminosos faziam furo na lata para tirar conteúdo da embalagem Divulgação/PCDF

Fábrica ficava às margens da DF-220 Divulgação PMDF

Investigação revelou adulteração em, ao menos, 5,2 mil latas de cerveja Divulgação PMDF

Fábrica também usava água mineral em processo de adulteração Divulgação PMDF
O promotor destacou que a polícia encontrou 5,4 mil cervejas vencidas e com datas de validade remarcadas no local onde ocorreu a operação. “Outras 140 mil [estavam] em processo de remarcação, por meio do apagamento da data inserida pela fábrica, com a utilização de substâncias químicas como Thinner e outros solventes”, diz a denúncia.
Paulo Alves é apontado pelo MPDFT como líder e financiador da organização criminosa. Caio Ramon de Arruda e Vinícius Bueno desempenhavam o papel de gerentes operacional e administrativo do grupo, respectivamente.
A Tarcísio de Lima, segundo o Ministério Público, cabia comprar água mineral e cervejas vencidas sem emissão de notas fiscais, para mistura e adulteração das bebidas alcoólicas. A reportagem tenta contato com as defesas dos investigados.
Investigação
A promotoria denunciou os envolvidos por organização criminosa e crimes contra a relação de consumo. O empresário pernambucano Paulo Alves, investigado por comandar o esquema, está preso desde 4 de abril.
Em 30 de março, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) fechou a fábrica onde ocorriam as irregularidades e inspecionou o local. Na ocasião, 15 funcionários na empresa foram levados para a 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia).