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Justiça determina prisão preventiva de empresário que vendeu joias a Neymar

Vara Criminal de Águas Claras converteu prisão temporária em preventiva, além de prorrogar por cinco dias detenção de outros 2 envolvidos

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Empresário e Neymar
1 de 1 Empresário e Neymar - Foto: Reprodução

A Justiça converteu a prisão temporária do empresário que vendeu joias a Neymar em uma prisão preventiva. Com isso, Eduardo Rodrigues Silva, investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) por agiotagem e lavagem de dinheiro, segue detido. A decisão é da Segunda Vara Criminal de Águas Claras, desta terça-feira (31/1).

A Justiça entendeu que a liberação de Eduardo colocaria em risco a ordem pública e econômica, já que ele permitia circulação de dinheiro ilícito na economia e “encontrou sustento” em atividades criminosas, como emprestar dinheiro a juros abusivos em negócios associados a jogo de poker e cassino.

“A agiotagem traz a reboque condutas que, usualmente, são praticadas mediante violência e grave ameaça”, traz a decisão. Eduardo é suspeito de usar criminosos como laranjas para movimentar grandes quantias em dinheiro vivo. Ele é conhecido por vender joias a grandes jogadores do futebol mundial, entre eles o craque Neymar.

A Polícia Civil do DF ainda pediu a prorrogação da prisão temporária, por mais cinco dias, de outros dois envolvidos no esquema, presos na última sexta-feira. A Justiça acatou o pedido. O grupo é investigado no âmbito da Operação Huitaca, que apura crimes de extorsão, agiotagem e lavagem de dinheiro.

Até mesmo Neymar será chamado pela PCDF na condição de testemunha para explicar a relação com o empresário radicado no DF. Eduardo já entregou uma corrente de ouro e diamantes e um anel de ouro e pedras preciosas para o jogador, além de ter viajado a Paris para participar da festa de aniversário do astro.

As investigações apontam que Eduardo, acusado de usar empresas para lavar dinheiro, transferiu grandes quantias para criminosos conhecidos da polícia. Um dos identificados é Cleyton Viana de Souza, que recebeu milhares de reais transferidos pelo empresário. Cleyton figura como autor em 13 inquéritos policiais por crimes como associação criminosa, tentativa de homicídio, extorsão, contrabando e receptação.

Mais transferências

O empresário, conhecido no DF por ostentar uma rotina semelhante à de atletas que atuam em alguns dos maiores clubes do mundo, também transferiu dinheiro para outro criminoso recentemente condenado pela Primeira Vara Criminal de Taguatinga por crime de receptação qualificada. André Luiz Ramos de Holanda recebeu mais de R$ 100 mil enviados por Eduardo.

As investigações conduzidas pela Coordenação de Repressão a Crimes Patrimoniais (Corpatri) também identificaram que grandes quantias foram transferidas para a empresa Estevam Carnes Nobres e Exóticas Eireli. A firma esteve envolvida, em 2019, na Operação Bienna, da Polícia Civil de Goiás.

De acordo com a PCGO, entre os dias 26 e 27 de dezembro de 2018, por uma falha no sistema de conciliação de vendas com cartões de um banco privado, ocorreram créditos indevidos em contas correntes de centenas de clientes por todo o Brasil. Um desses era a empresa Estavam Carnes, que teve creditada em sua conta a quantia de R$ 18,6 milhões.

Ao perceber o elevado valor na conta, ainda no dia 27, o proprietário da empresa apropriou-se de parte desse valor e, com a intenção de dissimular o dinheiro, visando dar-lhe aparência lícita, realizou transferências eletrônicas por meio de internet banking que, juntas, somam R$ 1,1 milhão.

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