Em pânico, uma advogada de 33 anos procurou a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), após ser ameaçada de morte por um ex-funcionário de seu escritório, no Gama. O suspeito, primo da vítima, foi demitido após ser flagrado desviando dinheiro de honorários advocatícios. O caso é apurado pela Delegacia Especial de Atendimento a Mulher (Deam).
De acordo com a advogada, após a demissão, uma série de áudios ameaçadores, vídeos e fotos de armas começaram a ser enviadas pelo homem, de 26 anos. Em um dos arquivos, o suspeito afirma que “o tanto de tiro que ela tomaria não está escrito. E que faria um estrago”.
Segundo a vítima, o primo sempre teve comportamento problemático e estava envolvido com drogas. “Como é da família, pensei em tirá-lo dessa vida e o levei para minha casa e o nosso escritório ainda começou a pagar a faculdade de direito para ele”, contou a advogada.
Ouça o áudio do ex-funcionário ameaçando a advogada:
Demissão
O primo da vítima recebeu a oportunidade de trabalho e foi direcionado para uma área do escritório que atua em área financeira. “Depois de algum tempo, descobrimos que ele estava desfalcando o caixa e recebendo por meio de Pix os pagamentos feitos pelos clientes. O dinheiro ia direto para a conta dele. Depois disso, mandei que ele fosse embora da minha casa e o demiti”, contou a advogada.
A mulher relatou, também, ter descoberto que o ex-funcionário havia passado a pedir dinheiro emprestado para, possivelmente, comprar drogas. “Depois ficamos sabendo que ele pedia pequenas quantidades de dinheiro emprestado até para os funcionários do escritório e da minha casa. Sempre valores como R$ 40 ou R$ 50”, afirmou.
Demitido e expulso da casa da advogada, o homem se enfureceu e começou a ameaçá-la de morte. Fotos de armas passaram a ser enviadas, e mensagens de áudio como “vou te fazer um estrago antes de sair” foram enviados por meio do WhatsApp e chegaram até a vítima.
Veja imagem do suspeito fazendo gesto obsceno em frente ao escritório da mulher:
Medida protetiva
Aterrorizada, já que o primo estava à solta e possivelmente armado, a advogada procurou a Polícia Civil para registrar ocorrência e requerer medidas protetivas de urgência, que foram deferidas pela Justiça. Foi determinado que o suspeito mantenha uma distância de 300 metros da vítima, além de ser proibido de entrar em contato com a advogada por qualquer meio de comunicação.
O caso segue sendo apurado pela Deam. “Eu e minha família não estaremos totalmente tranquilos enquanto não houver uma atitude mais enérgica das autoridades. Não posso esperar ser morta para depois uma prisão ser representada contra ele”, lamentou.