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MPDFT vai acompanhar denúncia sobre 112 motos da PM paradas em pátio

As denúncias sobre a compra dos veículos e a falta de uso por 9 meses foram feitas pelo Metrópoles nesse domingo (12/7)

atualizado

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1 de 1 motos - Foto: Reprodução

A Promotoria de Justiça Militar do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) vai acompanhar a denúncia de que a Polícia Militar adquiriu 112 motocicletas com o objetivo de empregá-las no patrulhamento motorizado das ruas do DF. No entanto, as motos, empoeiradas, ficaram paradas por nove meses se deteriorando em um depósito da corporação. O caso foi exposto em reportagem do Metrópoles, publicada em 12 de julho.

O procedimento significa que o MPDFT teve conhecimento da situação e passa a apurar. A partir de agora, a promotoria pode pedir informações à corporação e outros envolvidos para decidir se abre ou não uma investigação.

Segundo a matéria do repórter Carlos Carone apontou, a Polícia Militar do Distrito Federal pagou R$ 6,4 milhões nas motos, mas elas ficaram sujeitas à ação do tempo em uma garagem do Batalhão de Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam), sem nunca terem rodado.

Ao todo,  50 unidades do modelo Tiger 800 deveriam ter como destino o Batalhão de Motopatrulhamento Tático (BMT) e as outras 62 motos seguiriam para o Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran).

Os equipamentos foram comprados por meio de licitação, em outubro de 2019, e entregues, efetivamente, em dezembro. De lá para cá, nunca deixaram a garagem.

O processo de aquisição ainda conta com contrato de manutenção no valor de R$ 650 mil, mas a demora na liberação das motocicletas fez com que a frota perdesse a primeira revisão na autorizada.

Policiais ouvidos pela reportagem à época afirmaram que as motos poderiam ser usadas no policiamento de trânsito urbano e rodoviário. “Atualmente, o motopatrulhamento tático é realizado diariamente com, no máximo, uma equipe formada por quatro motocicletas.

“Caso as novas motos estivessem em operação, desde dezembro passado, quando foram entregues, essa modalidade de policiamento poderia contar com, no mínimo, 15 motocicletas por dia nas ruas do DF”, disse um dos militares, que pediu para não se identificar, temendo represálias.

Veja imagens da frota guardada: 

 

Confira fotos da frota que está nas ruas: 

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Outro lado

No mesmo dia em a reportagem acionou a Polícia Militar do DF para questionar o motivo de as motos estarem sem uso, guardadas em depósitos, a corporação informou que o novo contrato foi celebrado na mesma data do contato do Metrópoles e, com isso, as motocicletas poderão ser, finalmente, usadas no patrulhamento ostensivo das cidades do Distrito Federal.

Segundo o Comando-Geral da PMDF, as motos em questão foram compradas e, após o recebimento, a Polícia Militar iniciaria o contrato de manutenção.

“Tal contrato fica restrito a apenas uma empresa no DF, fato este que, aliado às restrições da pandemia, geraram demora em sua conclusão. O contrato foi assinado na data de 10/7 e já está em vigor. Por esse motivo, as motos já estão disponíveis para o patrulhamento”, ressaltou o Comando-Geral em nota encaminhada à reportagem.

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