MPDFT compra software para aumentar precisão de projetos e obras
A aquisição do Building Information Modelling (BIM) vai possibilitar a redução de gastos com cálculos em projetos
atualizado
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A elaboração de projetos de construções e obras do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) será mais rápida, precisa e padronizada. O órgão implantou nova tecnologia para subsidiar o trabalho de seus arquitetos, engenheiros e equipe técnica.
Embora o Decreto nº 9.377 de 2018 exija a adequação dos órgãos públicos à nova tecnologia somente a partir de 2021, o órgão se antecipou: adotou o Building Information Modelling (BIM), ou Modelagem da Informação da Construção, em 2019. O sistema permite, por meio de um modelo 3D, corrigir interferências, prevenir riscos e calcular com precisão o quantitativo de materiais a serem empregados nas obras.
“Trata-se da adoção de um padrão mundial, que propiciará economia de recursos financeiros, agilidade, segurança, transparência e confiabilidade na elaboração e na execução de projetos dentro do MPDFT. Para a sociedade, isso é muito importante, uma vez que representa responsabilidade na gestão dos recursos públicos. Por isso, a instituição se antecipou e começou a utilizar o sistema dois anos antes do prazo estabelecido pelo governo”, afirmou a procuradora-geral de Justiça, Fabiana Costa.
A secretária de Projetos e Obras do MPDFT, Regina Fonteles, ressalta que a precisão proporcionará a redução da incidência de possíveis aditivos contratuais. Segundo ela, hoje não existe uma padronização no serviço público e, muitas vezes, os projetos não “conversam” entre si.
Alguns engenheiros usam o AutoCad, outros, softwares diferentes. “Em muitos casos, as medidas e a quantidade de material são tiradas na régua, por isso existem os gargalos. Esse novo programa faz o cálculo com informação fidedigna”, afirmou Regina.
Com a compra do software, essa realidade muda. “Arregaçamos as mangas e investimos para nos adaptarmos à regulamentação. Toda a equipe está envolvida no processo. O programa é o mesmo usado pela Finlândia, país que tem as tecnologias mais avançadas na área”, completou Regina Fonteles. O custo total de aquisição das 33 licenças foi de R$ 800 mil.
Hoje, o MPDFT tem 21 unidades, sendo 11 de sua propriedade. O órgão usará a nova metodologia para desenvolver o projeto da sede das Promotorias de Justiça em Sobradinho e a adequação de outras nove unidades à plataforma BIM. “Assim, o MPDFT estará apto a trabalhar, dentro dessa metodologia, em todas as rotinas que envolvam projetos de arquitetura, engenharia e manutenção predial”, disse Regina Fonteles.