Morre menino que teve 99% do corpo queimado em incêndio no DF

Depois de 23 dias internado, o pequeno Alex Sandro Pereira (foto em destaque), de 4 anos, que teve 99% do corpo queimado em um incêndio na Cidade Estrutural, sofreu parada cardíaca e faleceu na manhã desta sexta-feira (10/02/2020).

A criança estava em coma induzido e fazia hemodiálise diariamente no Hospital da Criança de Brasília (HCB).

A troca de curativos ocorria duas vezes por semana e a equipe médica realizava o procedimento de enxerto de pele. No entanto, desde sábado (04/01/2020), Alex não tinha evolução no estado de saúde.

Segundo a mãe do garoto, Marlene Pereira da Silva, 37 anos, a família foi informada da morte por volta das 7h desta sexta. “Ele piorou muito nos últimos dias. E, hoje, o médico chegou e avisou que o coração dele parou e ele não resistiu”, lamentou a diarista, aos prantos.

Com a notícia, Marlene ainda não vê condições de retornar ao trabalho e pede ajuda para se sustentar pelos próximos dias. Quem quiser ajudá-la com doação de cestas básicas, pode entregar direto em sua residência, na Cidade Estrutural (Quadra 3 Conjunto 17 Casa 6 – Setor Leste). A diarista pode ser contatada pelo número (61) 99678-3452.

Incêndio

O caso aconteceu em 18 de dezembro, quando o imóvel de Maria de Lourdes Pereira Barbosa, 64, pegou fogo. Ela é madrinha de Alex e cuidava dele para que a mãe da criança pudesse trabalhar.

A dona da casa e o filho dela, Samuel Pereira, 20, também ficaram feridos. O rapaz teve queimaduras nos pés. Maria de Lourdes inalou muita fumaça e chegou a ser internada no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), respirando com a ajuda de aparelhos. Na última sexta-feira (03/01/2020), recebeu alta, mas continua sendo acompanhada pelas equipes médicas.

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Casa onde a família mora Thiago S. Araújo/ Especial para o Metrópoles

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Imóvel incendiado na Cidade Estrutural Thiago S. Araújo/ Especial para o Metrópoles

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Alex ficava com a madrinha na casa enquanto a mãe trabalhava Thiago S. Araújo/ Especial para o Metrópoles

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Eliane Pereira Thiago S. Araújo/ Especial para o Metrópoles

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Situação após o incêndio Thiago S. Araújo/ Especial para o Metrópoles

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Paredes com marcas das chamas Thiago S. Araújo/ Especial para o Metrópoles

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Samuel Pereira Thiago S. Araújo/ Especial para o Metrópoles

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Ajuda de vizinhos

A tragédia mobilizou vizinhos e amigos da família. Eles tentam dar suporte emocional e ajudar as vítimas com doações. Da residência incendiada, não sobrou quase nada.

Dona Maria de Lourdes vive no local há 25 anos. De acordo com a filha dela, a vendedora Eliane Pereira, 34, a mãe está traumatizada e não consegue esquecer os momentos de angústia em meio às chamas.

A rede de solidariedade que se formou em favor das vítimas tem ajudado, conforme relatou Elaine. Foram doados móveis e cestas básicas. No entanto, a vendedora teve o celular roubado na última semana e só conseguiu recuperar o número no domingo (05/01/2020).

“Era o único contato que as pessoas tinham, então paramos de receber as doações. Agora, com minha mãe de volta, estamos precisando muito. Tudo é bem-vindo”, destaca.

Quem quiser ajudar a família pode contatar Eliane por meio do número (61) 99551-4765.