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“Meu coração está partido, destroçado”, diz tia de jovem assassinado

Familiares e amigos se reuniram neste sábado (8/7) na missa de 7º dia de Yago Linhares Sik

atualizado

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Ricardo Botelho/Especial para o Metrópoles
karine camargo, yago linhares sik
1 de 1 karine camargo, yago linhares sik - Foto: Ricardo Botelho/Especial para o Metrópoles

Aliviados com a prisão do estudante de direito Lucas Albo de Oliveira, 22 anos, familiares e amigos se reuniram neste sábado (8/7) para a missa de 7º dia da morte de Yago Linhares Sik, 23. O DJ foi assassinado friamente no domingo (2), após uma festa no Conic. Depois de discutir com seu algoz por conta de uma amiga, levou dois tiros à queima-roupa e morreu no local.

O grupo se reuniu na Paróquia São Pedro de Alcântara, no Lago Sul, no início da tarde. Os pais de Yago estavam presentes, mas muito abalados não quiseram falar com os jornalistas. A tia e madrinha dele, Karine Camargo, falou em nome da família. “Estamos tentando acalentar nossos corações, sabendo que ele está ao lado de Deus. Há um sentimento de raiva, pois o outro rapaz destruiu não apenas a nossa vida, mas a vida da sua própria família”, lamentou.

Durante a missa, ela leu um texto lamentando a perda do sobrinho e afilhado (veja abaixo). Pediu a Deus ajuda para a família suportar a perda e destacou que todos estão com o coração partido, destroçado.

 

“Estamos tranquilos depois que o Lucas foi preso”, desabafou a namorada de Yago, Bárbara Rodrigues, que estava com ele na festa. Ela contou que sonhou com o rapaz: “Nós andávamos pela minha casa e ele dizia para eu ficar bem, mas eu não conseguia ver o rosto dele. Eu sabia no sonho que ele tinha morrido, mas ele estava feliz”.

A amiga Eva dos Santos conheceu Yago por meio das redes sociais, mas os dois acabaram se aproximando em abril, quando ele veio morar em Brasília. “Era muito ligado à família, falava muito do irmão. Ele deixa um legado para as pessoas que nunca o vão esquecer”, disse emocionada.

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Confira as fotos de Yago:

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Lucas estava agredindo a ex-namorada dentro da festa 5uinto e Yago teria tentado defendê-la. Expulso pelos seguranças, o acusado voltou e esperou o jovem sair do evento para matá-lo. O estudante de direito, que se entregou na quarta (5), vai responder por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe, ameaça e injúria combinado com Maria da Penha (violência doméstica). Para a polícia, não há dúvidas de que o crime foi premeditado.

“A gente trabalha com crime premeditado, uma vez que teve confusão na boate, Lucas foi pra casa, voltou para a festa, mandou mensagens (veja na galeria de fotos) ameaçando e ficou esperando a vítima. A gente não trabalha com outra hipótese a não ser ciúmes”, explicou o delegado Rogério Rezende.

Na delegacia, Lucas “chorou muito”, segundo o delegado, e disse que não queria matar Yago, apenas “dar um susto”. Depois, ficou calado e afirmou que só falaria em juízo. De acordo com o sistema policial, Lucas tem outras seis ocorrências policiais por porte de arma, de drogas, ameaça e disparo de arma de fogo. Ele chegou a ser preso duas vezes. Quando menor, respondeu por estupro e cárcere privado após denúncia de uma ex-namorada.

Na sexta, Lucas foi transferido para a Papuda, onde vai aguardar o julgamento.

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