metropoles.com

Mesmo após arquivamento por falta de provas, SSP-GO diz que caseiro foi indiciado por ajuda a Lázaro

Em nota divulgada nesta terça-feira, assessoria de comunicação da pasta goiana colocou Alain Reis de Santana com um dos 5 indiciados

atualizado

Compartilhar notícia

Reprodução/PMGO
Defesa de caseiro  Alain Santana pretende pedir recompensas por pistas de Lázaro
1 de 1 Defesa de caseiro Alain Santana pretende pedir recompensas por pistas de Lázaro - Foto: Reprodução/PMGO

A Secretaria de Seguraça de Goiás disse que a Polícia Civil de Goiás (PCGO) indiciou cinco pessoas pelo possível favorecimento pessoal na fuga do maníaco Lázaro Barbosa, 32 anos, durante a empreitada criminosa na região de Cocalzinho de Goiás. Entre elas um fazendeiro da cidade, o caseiro da propriedade rural, a então esposa de Lázaro, a ex-companheira e a ex-sogra do bandido.

As investigações relacionadas à rede de apoio dada ao fugitivo geraram 13 inquéritos policiais instaurados, todos concluídos e remetidos ao Poder Judiciário.

O caseiro Alain Reis de Santana, 33 anos (foto em destaque), é um dos nomes ainda sem explicação que aparecem entre os indiciamentos. Ele acabou preso e solto logo depois por falta de provas. Segundo o advogado que atende Alain, Adenilson dos Santos, não há novo indiciamento contra seu cliente e que a SSP-GO teria dado publicidade a uma notícia velha.

“Essa informação se trata do indiciamento no ato da prisão em flagrante, em junho ainda. O Alain foi indiciado, mas o Ministério Público já até arquivou o pedido por falta de provas. No caso do Elmi, o indiciamento gerou um processo no qual a Justiça vai apurar se houve participação dele no caso”, disse o defensor.

O Metrópoles perguntou à SSP-GO as razões de o nome de Alain aparecer como indiciado, mas foi orientado a falar com o delegado que preside o inquérito. Por sua vez, o delegado de Águas Lindas, Cléber Martins, disse que iria verificar a motivação e daria um retorno. O espaço permanece aberto.

Alain chegou a ajudar a polícia nas buscas por Lázaro. Ele revelou à polícia que Elmi Caetano Evangelista, dono da chácara onde trabalhava, teria ajudado o maníaco. O patrão teria permitido que o foragido passasse as noites na sede da chácara. Além disso, alimentou Lázaro por dias.

A nota publicada pela Secretaria de Segurança Pública de Goiás não detalha o indiciamento do caseiro. No entanto, fala do decorrer das análises, agora a cargo da Justiça.

“Os elementos de prova colhidos no bojo do inquérito indicaram que eles, de fato, prestaram auxílio para que ele [Lázaro] não fosse capturado pelas forças policiais, tanto prestando informações, dando guarita — inclusive, alimentação —, levando ele para esconderijos e, sobretudo, propiciariam a fuga definitiva dele, que foi impedida pela captura”, pontuou o titular da 17ª Delegacia Regional da Polícia Civil de Goiás, delegado Cléber Martins.

Indiciados

Um dos principais alvos do trabalho investigativo para a captura de Lázaro foi Elmi Caetano Evangelista, 73 anos, preso em 24 de junho no distrito de Girassol (GO). Segundo a apuração, o fazendeiro teria auxiliado o fugitivo com abrigo e comida. Teria ainda proibido que a força-tarefa entrasse em sua propriedade para a realização de buscas. Além do auxílio na fuga de Lázaro, ele foi autuado em flagrante e indiciado por posse irregular de duas armas de fogo.

Com relação às mulheres, a PCGO concluiu que as três tiveram contato com o fugitivo durante a perseguição e não o denunciaram.

Elas foram indiciadas pelo crime previsto no artigo 348 do Código Penal, que qualifica como crime o auxílio a suspeito para que fuja de ação policial. Se condenadas, podem pegar de 1 a 6 meses de prisão e multa. “Ainda está sendo apurada [a participação] de outras pessoas. Nada impede que, surgindo provas, sejam instaurados devidos procedimentos”, reforçou o delegado.

A operação de captura a Lázaro Barbosa mobilizou mais de 270 agentes de Goiás, Distrito Federal e das forças de segurança federais. A força-tarefa, coordenada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), trabalhou de forma ininterrupta nas regiões de Cocalzinho de Goiás e Águas Lindas à procura do criminoso. Foram utilizadas dezenas de viaturas, quatro helicópteros e cerca de 10 drones. O suspeito foi morto em troca de tiros com a polícia em 28 de junho.

De acordo com o titular da SSP-GO, Rodney Miranda, a Polícia Civil avalia agora solicitar à Justiça o sequestro da propriedade rural do fazendeiro denunciado. “Nós estamos estudando [essa possibilidade] para que, com a futura venda dessa propriedade, possamos amortizar o gasto feito para a captura dele [Lázaro], visto que, ao escondê-lo lá, ele atrasou em pelo menos uma semana a operação”, informou o chefe da pasta.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?