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Menino morto pela mãe teve veia cortada ainda em vida, aponta laudo

A causa do óbito de João Lucas de Pina Feitosa foi insuficiência respiratória por intenso edema pulmonar, provavelmente causada por remédio

atualizado

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RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES
1 de 1 - Foto: RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES

Além de possivelmente ter sido intoxicado por remédios, o menino de 3 anos morto pela mãe no Bloco J da 210 Sul, em 27 de junho, também sofreu um corte na veia femoral direita, responsável por levar todo o sangue da perna para o coração. É o que aponta o resultado da investigação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

A lesão pode ter sido feita quando o menino ainda estava vivo com um bisturi encontrado na residência. A causa da morte de João Lucas de Pina Feitosa, porém, se deu por insuficiência respiratória por intenso edema pulmonar, provavelmente causado por intoxicação após ingestão de medicamentos, segundo o laudo cadavérico preliminar.

“Apesar do fato de que tal lesão poderia levar a óbito por choque hipovolêmico, esta não foi a causa da morte, tendo, no máximo, funcionado como concausa”, detalhou o delegado adjunto da 1ª DP (Asa Sul), João de Ataliba Nogueira.

A mãe da criança, a pediatra Juliana de Pina Araújo, 34, não prestou depoimento. Ela foi indiciada por homicídio duplamente qualificado: por envenenamento e sem dar chance de defesa à vítima. O inquérito foi concluído e encaminhado para a Justiça.

No local do crime, segundo o delegado, foram encontradas duas cartelas vazias de Frontal, remédio que atua no sistema nervoso central. E outra de Ritalina, faltando 18 comprimidos.

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O crime
A tragédia ocorreu por volta das 17h40 de quarta-feira (27), no 4º andar do Bloco J da 210 Sul. Encontrado desacordado em cima da cama da mãe, o garoto chegou a ser levado ao Hospital Materno Infantil (Hmib), mas os médicos não conseguiram restabelecer os sinais vitais da criança. Os policiais acharam no imóvel uma mamadeira ainda cheia de leite e cartelas de remédios de uso controlado no lixo e na bolsa de Juliana.

Segundo relatos de testemunhas à polícia, a médica teria descido do apartamento e dito que tinha matado o filho e tentado tirar a própria vida. Ambos foram levados ao hospital pelo porteiro e um morador do prédio, no carro da pediatra.

“A criança estava desacordada e a mulher toda ensanguentada. Não falava nada e tinha uma aparência abalada. A mãe dela [avó do menino] gritava por socorro”, explicou Gilberto Santos, o vizinho que prestou socorro.

Conforme depoimento do pai, na 1ª DP, o filho já havia sido internado em janeiro de 2018 após se intoxicar com medicamentos da mãe. Juliana disse que o menino tinha ingerido a medicação por acidente.

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