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No Buriti, catadores reclamam de fechamento do Lixão da Estrutural

Manifestantes querem melhores condições da transição que está sendo feita até o fechamento definitivo do local

atualizado

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Pedro Ventura/Agência Brasília
catadores palácio do buriti material reciclável
1 de 1 catadores palácio do buriti material reciclável - Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

A confirmação, nesta segunda-feira (2/10), de que o Lixão da Estrutural será fechado até 31 de outubro, conforme previsto na Política Nacional dos Resíduos Sólidos, levou cerca de 400 manifestantes ao Palácio do Buriti. O grupo, composto em sua maioria por catadores de materiais recicláveis, pedia melhores condições de trabalho e a garantia de uma renda futura.

Segundo o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) as cooperativas terão à disposição galpões de transição e receberão compensação financeira. Neste primeiro momento, serão cinco estruturas para a instalação de até 1.230 trabalhadores, com pagamento de remuneração das cooperativas pelo serviço de triagem.

Todas as oito cooperativas do lixão serão contratadas, desde que apresentem a documentação exigida. Além disso, está prevista a construção de três centros de triagem definitivos.

No entanto, segundo a presidente da Cooperativa de Materiais Recicláveis da Cidade Estrutural (Coorace), Lúcia Fernandes do Nascimento, o GDF não disponibilizou vagas suficientes para todos. “Viemos pedir que o lixão só seja fechado quando o último catador puder atuar nos galpões. Hoje, não há vagas para todos”, reclama.

A presidente da Cooperativa Ambiente, Ana Cláudia de Lima, disse que os catadores não são contra o fechamento do lixão, mas que não concordam com a maneira que está sendo feito. “Somos a favor, mas queremos dignidade para trabalhar e sustentar nossas famílias”.

Hoje, há três galpões disponíveis: dois na Estrutural e um no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). Outros dois serão abertos até o dia 15 deste mês: um em Ceilândia, outro no Setor de Armazenagem e Abastecimento Norte (Saan).

De acordo com o diretor-técnico do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Paulo Celso dos Reis, os galpões têm capacidade para receber 1.230 catadores em dois turnos de seis diárias. “Em 2018 vamos construir mais três, sendo que dois já estão em obra. Os trabalhos devem começar na metade do ano que vem”, comentou.

“Estamos trabalhando para que o fechamento do Lixão da Estrutural seja o menos trágico possível. É a primeira vez que um governo paga pelo serviço ambiental. Estamos pagando R$ 92 por tonelada de resíduo separado nos galpões”, disse Rollemberg.

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