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Grileiros que agiam no Lago Sul têm prisão preventiva decretada

A quadrilha demarcava e comercializava terrenos públicos em áreas nobres da capital

atualizado

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1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Após provocação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), a Justiça converteu em preventiva a prisão de 14 pessoas acusadas de envolvimento no crime de parcelamento irregular do solo, no Condomínio Ville de Montaigne II, no Lago Sul.

Elas foram detidas no último dia 10, após a deflagração da Operação Dinossauro, enquanto demarcavam para a venda lotes da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap). A ação foi conduzida pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente e à Ordem Urbanística (Dema).

Para a promotora de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística (Prourb) Selma Leão, a conversão da prisão representa uma grande vitória contra a organização criminosa. “O grupo atua há anos na mais absoluta impunidade e o cárcere, ainda que provisório, resgata a credibilidade no sistema de Justiça e viabiliza a desarticulação do esquema criminoso da grilagem no DF”, destaca.

Os envolvidos são investigados por corrupção ativa, corrupção passiva, tráfico de influência e lavagem e ocultação de bens, direitos e valores. Milhares de pessoas foram lesadas por crimes contra a ordem urbanística, o meio ambiente e o patrimônio do Distrito Federal.

Segundo a investigação, a quadrilha também arquitetava tomar posse de uma extensa área pública, pertencente à Terracap, localizada no Jardim Botânico. Conforme laudo do Instituto de Criminalística, o local em questão possui aproximadamente 46 hectares e encontra-se na Área de Proteção Ambiental (APA) da Bacia do Rio São Bartolomeu. O desmatamento da vegetação nativa e a construção de arruamentos no local causaram danos ao meio ambiente.

Segundo a polícia, a operação foi batizada de Dinossauro porque os grileiros, por meio de um relatório apresentado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), conseguiram autorização para exploração de um “sítio arqueológico” que alegavam existir no local, mascarando a sua real intenção de realizar obras voltadas para o empreendimento.

(Com informações do Ministério Público do DF e Territórios)

 

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