Na rede pública de saúde do Distrito Federal, os leitos pediátricos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) atingiram 100% de ocupação, gerando alerta vermelho. Os dados são da plataforma InfoSaúde, administrada pela Secretaria de Saúde do DF, apresentados na tarde desta quarta-feira (11/1).
Segundo a deputada distrital Dayse Amarilio, a ocupação destes leitos chegou a atingir 100% de ocupação na tarde desta quarta (11/1). De forma geral, 94,37% dos leitos públicos estavam sendo utilizados. Em relação às unidades neonatais, a ocupação chegou a 97,37%.
Caso da bebê Maria Júlia
Maria Júlia Barbosa Lima morreu neste sábado (7/1), dia em que completaria um mês de vida, no Hospital Regional de Taguatinga (HRT). A pequena nasceu com uma cardiopatia grave, uma má-formação no coração. Mesmo tendo decisões judiciais em mãos, a não conseguiu acesso a uma cirurgia para continuar viva.
Maria Júlia estava internada na unidade terapia intensiva (UTI) neonatal do HRT. A pequena sobrevivia entubada e sob diversas medicações. Segundo a família, a bebê precisava passar por um procedimento cirúrgico no Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal (ICTDF).
A família apresentou o pedido do leito com a Defensoria Pública do DF (DPDF). Segundo parentes, a Secretaria de Saúde informou que Maria Júlia seria a primeira na lista para remoção desde o dia 20 dezembro. Entretanto, a bebê seguiu na UTI neonatal. Sem a cirurgia providenciada, o quadro da menina ficou mais grave.
Segundo a Secretaria de Saúde, a transferência da paciente Maria Júlia Barbosa Lima do HRT para o ICTDF estava programada para ocorrer neste sábado, às 7h. Além disso, o procedimento cirúrgico, de alta complexidade, também se encontrava marcada no instituto.
“A paciente veio a óbito na madrugada deste sábado em razão da sensibilidade do seu caso. A Secretaria de Saúde lamenta a morte da Maria Júlia, solidarizando-se com os familiares e amigos”, disse a pasta em nota enviada ao Metrópoles.
Segundo a secretaria, a paciente não foi transferida anteriormente em razão do quarto delicado de outros três bebês que se encontravam na UTI do ICTDF. De acordo com a secretaria, as outras crianças não poderiam ser transferidas para outras UTIs pediátricas.