Justiça mantém presa mãe que tentou jogar filha de viaduto em Brasília
Caso ocorreu nessa segunda-feira (21/5). Para juiz, mulher deve ficar detida preventivamente para não oferecer risco à vida das dependentes
atualizado
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Em audiência de custódia realizada nesta terça-feira (22/5), o juiz Aragonê Nunes Fernandes converteu em preventiva a prisão da mãe acusada de tentar jogar a filha de apenas 3 anos do viaduto entre a Rodoviária do Plano Piloto e o Conjunto Nacional. Para o magistrado, pelo menos por enquanto, a medida faz-se necessária para garantir a integridade física da vítima, que está aos cuidados da avó.
De acordo com Aragonê, a autuada apresenta distúrbios psíquicos, além de provável dependência de álcool e de remédios de uso controlado. Mesmo assim, ele achou prudente transformar a prisão flagrante em preventiva.“A segregação cautelar, embora seja uma medida extrema, ao menos neste momento, se apresenta como a providência mais indicada para resguardar a integridade das vítimas (duas filhas) e um meio capaz de retirá-la do álcool e das drogas. O princípio da prioridade absoluta e a proteção integral devem colocar a salvo as menores”, destacou o magistrado na decisão.
A mulher, de 38 anos, foi presa nessa segunda-feira (21). Ela estava dentro de um ônibus da linha Planaltina de Goiás–Brasília quando anunciou a intenção de matar a própria filha. Segundo relato de militares à Polícia Civil, a passageira também alegou que não aguentava mais a situação de vida e “gostaria de ficar sozinha no mundo”.
Ela foi cercada por pessoas ao descer do coletivo, mas conseguiu escapar com a menina. No entanto, militares do posto policial da Rodoviária receberam chamado e a alcançaram. Os PMs levaram a mulher à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).