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Justiça estipula fiança para empresários que agrediram advogados em DP

Os dois poderão ser colocados em liberdade se pagarem cinco salários mínimos, determinou juiz em audiência de custódia

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
10 DP Delegacia de Polícia Civil no Lago Sul – Brasília – DF 01/09/2016
1 de 1 10 DP Delegacia de Polícia Civil no Lago Sul – Brasília – DF 01/09/2016 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Os dois irmãos acusados de bater nos advogados e em policiais da 10ª DP (Lago Sul) serão colocados em liberdade assim que cada um pagar uma fiança equivalente a cinco salários mínimos, ou R$ 4.990. A decisão foi tomada pela 5ª Vara Criminal de Brasília durante audiência de custódia, realizada na manhã desta quinta-feira (16/05/2019).

A Justiça também impôs medida cautelar, que os proíbe de se aproximar e ter contato com as vítimas. Os suspeitos precisam se apresentar periodicamente ao juiz e não podem ficar fora do Distrito Federal por período superior a 30 dias.

Os empresários moradores do Lago Sul envolveram-se em uma briga dentro da 10ª DP, na noite dessa quarta-feira (15/05/2019). As vítimas foram dois advogados e dois policiais da delegacia. Segundo o delegado-adjunto da 10ª DP, Eder Charneski, os defensores levaram socos e tapas, enquanto os agentes sofreram arranhões. Todos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML).

Ainda de acordo com Charneski, os irmãos, de 47 e 41 anos, respectivamente, teriam se desentendido com os advogados de um escritório que defende a família deles há cerca de duas décadas.

A causa, referente a uma indenização, está estimada em cerca de R$ 130 milhões. O motivo do desentendimento, segundo o delegado, foi a falta de acordo entre dois escritórios de advocacia sobre os honorários da ação.

Charneski, contudo, não entrou em detalhes sobre o processo, mas disse que dois escritórios não chegaram a um acordo a respeito da divisão de cerca de R$ 11 milhões em honorários.

Nessa quarta-feira (15/05/2019), os irmãos pressionaram os representantes de uma das empresas advocatícias a assinar uma proposta de divisão. Devido justamente a esse impasse, a indenização dos R$ 130 milhões ainda não foi liberada.

“Eles estavam discutindo isso pelo telefone. Os dois irmãos, então, foram até o escritório, mas os advogados já estavam em casa. Eles falaram que iriam matá-los, que iriam quebrar tudo, e os advogados disseram que registrariam a ocorrência”, contou o delegado ao Metrópoles.

Os dois advogados foram à 10ª DP. Pouco tempo depois, acrescentou o delegado, os irmãos entraram na unidade policial e bateram nos advogados que registravam boletim de ocorrência. “Eles chegaram à delegacia brigando e derrubaram o computador do balcão. Os policiais precisaram segurá-los e acabaram feridos, pois os irmãos ofereceram resistência”, disse Charneski.

Os irmãos foram autuados por dano qualificado a bem público, resistência, lesão corporal e ameaça. O Metrópoles conversou com uma das advogadas que representa os irmãos e que foi à delegacia após a confusão. Ela, no entanto, disse que não se manifestaria sobre a prisão dos clientes.

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