Kriptacoin: presa em operação da PCDF vai para prisão domiciliar
Thaynara Carvalho, 21 anos, estava na Penitenciária Feminina, a Colmeia
atualizado
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Thaynara Cristina Oliveira Carvalho, 21 anos, uma das 11 pessoas presas na Operação Patrick no último dia 21, conseguiu o benefício da prisão domiciliar nesta sexta-feira (29/9). O advogado dela, Lucas dos Anjos, confirmou a expedição do alvará de soltura e acrescentou que a previsão era de que ela deixasse a Penitenciária Feminina do DF (Colmeia) até a meia-noite. No entanto, ele não quis comentar o motivo da decisão judicial.
Fontes ouvidas pelo Metrópoles, no entanto, disseram que Thaynara teria sofrido complicações decorrentes de um implante de silicone. Essa seria a razão para autorizar a saída dela do presídio.
A mulher estava detida na Colemia desde que a Polícia Civil do DF e o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) deflagraram a Operação Patrick para desmontar esquema fraudulento de pirâmide financeira envolvendo a moeda virtual falsa Kriptacoin.A soltura da mulher ocorrerá horas após a PCDF apreender uma Ferrari 458 Itália avaliada em R$ 1,3 milhão. O carro estava em uma concessionária de Goiânia, anunciado para a venda. O veículo de luxo era usado pelos irmãos Weverton Marinho e Welbert Richard, principais responsáveis pela Kriptacoin. Ambos estão presos no Complexo Penitenciário da Papuda.

Welbert Richard posa ao lado da Ferrari Arquivo pessoal

Weverton Marinho também exibia a Ferrari Arquivo pessoal

Presos tinham vida de ostentação Arquivo pessoal

Veículos serão leiloados para ressarcir vítimas do esquema Arquivo pessoal
As buscas da polícia continuam. Os investigadores seguem tentando localizar outros automóveis da organização criminosa. Os veículos apreendidos, assim como dinheiro, joias e imóveis, poderão ser usados para ressarcir as vítimas do esquema. Investidores já acionaram a Justiça para reaver o dinheiro aplicado na moeda falsa.
O esquema
Os suspeitos criaram a moeda virtual no fim de 2016 e, a partir de janeiro deste ano, passaram a convencer investidores a aplicar dinheiro na Kriptacoin. Segundo a polícia, a organização criminosa atuava por meio de laranjas, com nomes e documentos falsos.
O negócio, que funciona em esquema de pirâmide, visava apenas a encher o bolso dos investigados, alguns com diversas passagens pela polícia por uma série de crimes. Entre eles, o de estelionato. A Kriptacoin, segundo a Polícia Civil e o Ministério Público, movimentou mais de R$ 250 milhões do começo do ano até agora. A fraude pode ter causado prejuízo a 40 mil investidores, muitos deles de fora do Distrito Federal.