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Justiça do DF mantém don juans da “Máfia Nigeriana” na cadeia

Na casa de um dos acusados, a polícia encontrou um pen drive que continha um verdadeiro manual de como aplicar golpes

atualizado

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1 de 1 nigerianos-presos - Foto: PCDF/Divulgação

O Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT), em decisão unânime, manteve a prisão e negou o habeas corpus aos estrangeiros acusados de estelionato e organização criminosa integrantes da chamada “Máfia Nigeriana“. O grupo atuava dando o golpe do namoro virtual. Apenas uma das vítimas perdeu R$ 600 mil, depositados na conta de um dos acusados.

As vítimas eram escolhidas nas redes sociais ou em aplicativos de relacionamento. Antes de dar os golpes, eles mantinham estreito contato com as mulheres pela internet e faziam promessas de noivado e até casamento. As prisões ocorreram em São Paulo, em junho deste ano. De acordo com informações da Polícia Civil, a investigação teve início em 2013 quando uma vítima registrou ocorrência informando ter sido enganada, após se relacionar com um homem que conheceu no Facebook.

Para convencê-las a depositar dinheiro na conta deles, os don juans nigerianos prometiam enviar remessas em dólares para, por exemplo, comprar apartamentos em áreas nobres do DF, onde morariam após a união.

O dinheiro repassado pelas vítimas seria utilizado para facilitar a transferência da parte deles no negócio. Eles se apresentavam com identidades falsas e usavam fotos de “bonitões”, se passando por altos militares dos Estados Unidos, da Irlanda e de outros países.

“Em muitos casos, os criminosos, após ganharem a confiança das vítimas, avisavam que estavam mandando presentes e pediam que elas pagassem guias para poder retirá-los”, explicou a delegada Sandra Melo, da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam). Para facilitar o golpe, a organização criminosa dividia as tarefas, fazendo com que as vítimas não percebessem o crime. Essa medida dificultou o trabalho de apuração da Polícia Civil. Além dos três detidos, outras 13 pessoas estão sendo investigadas.

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De acordo com o desembargador relator do processo, com a quebra do sigilo bancário e fiscal de membros da organização criminosa, ficou demonstrado que, no período de três meses, foram realizadas cerca de 50 transferências bancárias por vítimas do golpe, totalizando R$ 175,3 mil

Salientou, ainda, que na casa de outro integrante da organização foi encontrado pen drive que continha “um verdadeiro manual de como se aplicar o “romance scam”, além de comprovantes de três transferências bancárias do First Bank Nigéria que, juntas, somavam em torno de R$ 600 mil.

Demonstrada a periculosidade dos criminosos, bem como a gravidade dos delitos de estelionato e organização criminosa, o Colegiado acompanhou o relator e concluiu por manter a prisão preventiva dos acusados. (Com informações do TJDFT)

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