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Julgamento do pedido de prisão de Aécio é adiado para a próxima semana

Previsto para ser julgado nesta terça (19/9), recurso da PGR ao STF será analisado na próxima sessão (26). STF atendeu pedido da defesa

atualizado

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Ricardo Botelho/Esp. Metrópoles
Aécio Neves Senado
1 de 1 Aécio Neves Senado - Foto: Ricardo Botelho/Esp. Metrópoles

Atendendo a uma solicitação da defesa, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu adiar o julgamento do pedido de prisão preventiva do senador Aécio Neves (PSDB). Previsto inicialmente para ser analisado nesta terça-feira (19/9), o recurso da Procuradoria-Geral da República (PGR) foi retirado da pauta da 1ª Turma. A discussão sobre o caso foi transferida para a terça-feira (26) da semana que vem.

No pedido para adiar por uma sessão o exame do processo, a defesa do senador tucano explicou que os advogados responsáveis pelo caso não poderiam comparecer ao julgamento por já terem uma viagem marcada a Portugal, entre os dias 16 e 24 de setembro, em virtude “de compromisso profissional anteriormente agendado”. O objetivo é garantir que a defesa possa realizar sustentação oral.

“O pedido de adiamento está formalizado pelo agravado, com justificativa relevante. Defiro-o. Reincluam o processo na pauta de 26 do corrente mês”, anotou o ministro relator na decisão de sexta-feira (15).

Na sessão, o colegiado deverá analisar primeiro se o caso será julgado no plenário – como pede a defesa – ou na 1ª Turma – pedido da PGR. Caso a decisão seja por manter o julgamento nas mãos dos cinco ministros, o pedido de prisão deve ser avaliado em seguida.

Acusações
Aécio foi implicado em inquérito que trata do pagamento de R$ 2 milhões pela J&F a figuras ligadas ao senador. O dinheiro seria, supostamente, para arcar com honorários advocatícios da defesa do parlamentar tucano na Operação Lava Jato. A PGR o denunciou por corrupção passiva e obstrução de Justiça.

Em delação premiada, Joesley apresentou aos procuradores gravação de uma conversa mantida entre ele e Aécio, na qual combinam como seria feita a entrega do dinheiro. De acordo com a Polícia Federal, parte da quantia teria sido entregue por um executivo da JBS ao primo de Aécio, Frederico Pacheco de Medeiros.

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