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Juiz homologa laudo que atesta insanidade e livra Roriz de processo

O ex-governador era acusado de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo o Edifício Monet, em Águas Claras

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Título de Cidadão Honorário de Brasília para o Joaquim Roriz – Brasília – DF 04/08/2015
1 de 1 Título de Cidadão Honorário de Brasília para o Joaquim Roriz – Brasília – DF 04/08/2015 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz, 81 anos, deixou de responder ao processo que trata de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo o Edifício Monet, em Águas Claras. O juiz substituto a 2ª Vara Criminal de Brasília, André Ferreira de Brito, homologou o laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) que atesta a insanidade mental do político. O arquivamento do processo se deu nesta terça-feira (27/2).

De acordo com o laudo, Roriz tem síndrome demencial, de etiologia mista, Alzheimer e vascular, em estágio grave, com intensa repercussão sobre sua autonomia. O exame atesta que o ex-governador não tem compreensão da denúncia de corrupção contra ele.

Porém, a tramitação da ação prossegue. As três filhas do ex-governador (Jaqueline, Wesliane e Liliane) também são acusadas de terem sido beneficiadas com 12 apartamentos no edifício. Tudo porque o pai teria facilitado empréstimo do Banco de Brasília (BRB) à construtora WRJ Engenharia, empreiteira que ergueu o prédio. O empréstimo foi concedido em 2006, quando Roriz era governador.

De acordo com as investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), os acusados teriam participado de um esquema para concessão de empréstimos no total de R$ 6,7 milhões à construtora.

“O favorecimento ilegal, tanto na concessão quanto na renegociação dos empréstimos, deu-se por obra da influência política do ex-governador do DF, que recebeu, em contrapartida, por intermédio de suas filhas, netos e da empresa JJL Administração e Participação LTDA., 12 unidades habitacionais”, destaca a denúncia.

Os irmãos Renato e Roberto Cortopassi, proprietários da WRJ; e o ex-presidente do BRB Tarcísio Franklin de Moura também são réus no processo.

Amputação
Em agosto de 2017, o Metrópoles revelou que Roriz precisou amputar dois dedos do pé direito por causa do agravamento de sua diabetes. O político voltou ao hospital 11 dias depois e, dessa vez, teve a perna direita amputada na altura do joelho. Àquela altura, já havia o diagnóstico de  Alzheimer.

O ex-governador luta, com o apoio da família, para controlar o avanço da doença. Ele também é paciente renal crônico.

Em novembro de 2015, o ex-governador ficou quase uma semana internado após um quadro de hipertensão e taquicardia e precisou fazer um cateterismo, o qual não identificou nenhum problema de saúde além dos já conhecidos.

O patriarca da família Roriz governou o DF por 14 anos. Em 2006, foi eleito senador. Iniciou o mandato em 2007 e renunciou após cinco meses para escapar de um eventual processo de cassação devido ao escândalo da Bezerra de Ouro.

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