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Vídeo: jovem que falou que “não ia ser abordado por PM negro” é solto

Ao ser abordado pelo PM, Patrick Sóstenes de Souza Ferreira teria dito: “Eu não sou negro para ser abordado por por policial negro”

atualizado

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Patrick Sóstenes suspeito por injúria racial
1 de 1 Patrick Sóstenes suspeito por injúria racial - Foto: Reprodução

A 6ª Vara Criminal de Brasília concedeu, nesta segunda-feira (11/7), liberdade provisória a Patrick Sóstenes de Souza Ferreira, de 26 anos, preso em flagrante por injúria racial contra o 2º sargento da PMDF Shemeoerk Apoliano na orla do Lago Paranoá, no sábado (9/7). No momento da abordagem, o autuado teria dito: “Você não sabe quem eu sou. Eu não sou negro para ser abordado por policial negro”.

A única imposição feita pela Justiça é de que o autuado mantenha o endereço atualizado. Segundo o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), não houve requerimento de prisão nem pelo Ministério Público, nem pela Polícia Civil.

Durante a audiência de custódia, a magistrada destacou que: “Sem requerimento, a jurisprudência da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (HC 188.888/MG) e da Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça (RHC 131.263) não permite a decretação da prisão preventiva de ofício pelo Juiz e impõe a concessão de liberdade provisória”.

“Entretanto, a concessão das medidas cautelares previstas no art. 319 do CPP mostra-se necessária diante da situação em apreço, sobretudo para impingir ao autuado restrições como forma de mantê-lo vinculado ao processo e, consequentemente, garantir a aplicação da lei penal”, completa a decisão.

Fala discriminatória

“Estávamos patrulhando a região da Vila Planalto quando encontramos o rapaz caído no chão. Testemunhas relataram que ele foi colocado para fora [de um bar na orla], porque estava assediando mulheres e perturbando pessoas. Quando pedimos para ele se virar de costas, ele revidou dizendo que não seria abordado por policial negro”, relatou o PM.

Diante da atitude, os PMs deram voz de prisão ao jovem que também relutou ao ser colocado no cubículo da viatura. “Ele tentou intimidar a equipe. Disse que estudava na Espanha, falava três idiomas e que não sabíamos com quem estávamos falando”, acrescentou.

Imagens de câmeras de segurança mostram Patrick dentro do bar, sem camisa, antes de ser expulso do local. Nas filmagens é possível ver o rapaz cambaleando, flertando com mulheres e discutindo com um homem.

Veja:

 

 

O caso

Patrick acabou preso em flagrante por, além de cometer injúria racial, furtar o interior de barcos, mostrar as partes íntimas para pessoas que estavam no local e por uso e porte de drogas.

Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), quando a Polícia Militar (PMDF) foi acionada, o jovem estava desacordado e tinha lesões no rosto e na cabeça. O dono do estabelecimento informou que ele teria roubado bebidas alcóolicas do bar, subtraído um celular em uma lancha e ainda assediado mulheres, mostrando-lhes as partes íntimas. Patrick tinha sido agredido por clientes que estavam no estabelecimento, por isso estava ferido quando abordado pela equipe do sargento Shemeoerk Apoliano.

Policiais militares encontraram um comprimido de ecstasy no bolso de Patrick. Quando os PMs tentaram detê-lo, o suspeito afirmou, de forma agressiva e tentou agredir a equipe. Patrick teria, ainda, chamado os militares de “covardes e filhas da p*ta”, segundo registro policial.

Depois o jovem teria perguntado aos PMs se eles sabiam com quem estavam falando e afirmou ser filho de “uma pessoa importante”. Após ser contido, o suspeito foi levado à 5ª Delegacia de Polícia (Área Central) e posteriormente encaminhado ao Hospital de Base.

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