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Jovem que atropelou e matou manicure no DF se apresenta à polícia

O motorista não possui Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Ele fugiu do local sem prestar socorro. Atropelamento aconteceu domingo (4/7)

atualizado

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Reprodução/Facebook
Tayslane Gonçalves, vítima de atropelamento no DF
1 de 1 Tayslane Gonçalves, vítima de atropelamento no DF - Foto: Reprodução/Facebook

Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da 29ª Delegacia de Polícia (Riacho Fundo), ouviu na noite dessa sexta-feira (9/7), o motorista, de 25 anos, suspeito de atropelar e matar a manicure Tayslane Gonçalves Carvalho (foto em destaque), 34. O crime aconteceu na madrugada de domingo (4/7), na Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB).

O jovem não prestou socorro à vítima e fugiu do local, próximo ao balão de acesso ao Riacho Fundo I. Segundo informações do delegado-chefe da 29ª DP, Lúcio Valente, ele não possuía Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O motorista se apresentou na delegacia e foi ouvido pelos investigadores.

“A 29ª DP identificou o veículo que atropelou Tayslane. Trata-se de um GM Cruise, com placa Mercosul. O veículo também foi apresentado por familiares do condutor e parece ter sofrido reparos, o que será comprovado por perícia. O suspeito negou os fatos e permaneceu em silêncio por orientação de seus advogados”, relatou o delegado.

Ainda de acordo com Valente, a investigação continua após a conclusão de perícia e oitiva de testemunhas. “O inquérito deverá ser finalizado no prazo legal de 30 dias. Se comprovado o envolvimento do suspeito, ele deve responder por homicídio culposo no trânsito, com pena de até quatro anos com aumento de até 1/2 pela omissão de socorro e por não ser habilitado.”

Se ficar demonstrado que o veículo sofreu reparos para tentar encobrir os fatos, o motorista poderá responder ainda por fraude processual.

Vídeos

O Metrópoles teve acesso às imagens do circuito de segurança, que flagrou o acidente.

Assista os vídeos abaixo:

A primeira imagem mostra a vítima passando pelo local do acidente. Logo em seguida, o carro que a atropelou.

No segundo vídeo, o veículo se aproxima da manicure.

Na última imagem, é possível visualizar o momento do atropelamento e uma testemunha providenciando socorro.

Sepultamento

O corpo de Tayslane foi sepultado na quarta-feira (7/7). A sobrinha da vítima, Maria Cristiely Sousa, 23, que vive em Agricolândia, no Piauí, diz que a família espera agora que o motorista seja preso. “A vontade era de ir para o enterro. Ou, se tivesse condição, de trazer para cá. Mas não temos como”, lamentou.

“Eu queria a punição para ele, porque foi uma perda que abalou toda a família. Mas com fé em Deus ele vai ser preso”, completou a sobrinha.

Investigadores têm informações de que Tayslane estava em um bar na Área de Desenvolvimento Econômico (ADE) de Águas Claras antes do acidente e que saiu do estabelecimento sozinha.

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Segundo Maria de Fátima Lima, 30 anos, amiga da vítima, Tayslane morava no setor de oficinas do Núcleo Bandeirante. Dividia a residência com a companheira, com quem vivia em união estável havia três anos.

“Ela era manicure e atendia em domicílio. A família dela é do Piauí, mas há uns 10 anos ela vivia no DF”, conta a amiga.

Conforme Maria de Fátima, amigos conseguiram juntar dinheiro para arcar com parte dos gastos do enterro. “Muita gente ajudou e pudemos pagar as despesas das flores, essas coisas. Aí, o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) assumiu a responsabilidade do caixão”, afirmou.

“A família não tem condição financeira de vir para o enterro. A passagem é cara e não se acha assim de imediato. Então, conversamos com eles e optamos por enterrar aqui mesmo, porque também não iríamos conseguir mandar [o corpo] para lá [Piauí], é muito caro”, contou Maria.

“Foi uma vida que se perdeu. Então, que a justiça seja feita, que a pessoa possa pagar pelo crime” reforçou.

A Polícia Civil pede que, quem tiver informações que possam ajudar nas investigações,  faça uma denúncia pelo 197.

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