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Jovem diz que foi arrastada por boate: “Fiquei desacordada”

Brenda Bernardes da Silveira, 21 anos, ainda está mancando de uma das pernas após ter sido agredida por segurança no sábado

atualizado

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Jak Spies/Metrópoles
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1 de 1 Brenda-e-Beatriz - Foto: Jak Spies/Metrópoles

A estudante Brenda Bernardes da Silveira, 21 anos, ainda caminha com dificuldades. No sábado (07/12/2019), ela foi agredida pela segurança da Boate People’s, no Pistão Sul. Bateu a coluna e a cabeça na calçada na hora em que foi atirada com força no chão pela mulher. A brutalidade foi filmada por um homem que estava no momento. As imagens viralizaram nas redes sociais.

Ao Metrópoles, Brenda disse, no começo da tarde desta terça-feira (10/12/2019), que os seguranças começaram a bater nela dentro da boate, após a jovem tentar subir no palco para falar com o MC que se apresentava no momento. “Foram me arrastando para cá”, contou, na frente do estabelecimento. “É um sentimento bem forte voltar aqui. Lembrar desse trauma foi muito ruim”, acrescentou.

Beatriz Bernardes da Silveira, 19, também estava na boate com a irmã, Brenda, no dia da agressão. Elas disseram que não costumavam frequentar o local, mas foram para assistir ao show do MC Menor da VG. As duas se divertiam na beira do palco quando o cantor teria feito um gesto para que subissem.

Brenda tentou levantar a irmã, momento em que um segurança as empurrou para baixo. Na segunda tentativa, um dos homens, de acordo com a jovem, chegou dando um “mata-leão” nela, enquanto outro a pegava pelas pernas e a arrastavam para fora.

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“Eles deveriam ter conversado comigo. A gente não tentaria subir de novo. Ao chegar lá fora, a moça [segurança] ainda fez aquilo [que aparece no vídeo]. Fiquei desacordada, não lembro muito bem por causa da batida na cabeça”, disse Brenda. Ela está com diversos machucados pelo corpo e manca de uma perna.

Beatriz também alega ter sido agredida. “Depois que a levaram, não vi mais nada. Quando a vi caída no chão, fui pedir ajuda para um segurança e ele me deu um murro na boca, quebrando um pedaço do meu dente”, relembra. Segundo contou, um dos clientes da boate ajudou as irmãs, levando-as para a casa da mãe, que é enfermeira.

No caminho, a irmã afirma que Brenda teve uma convulsão. “Tive que por o dedo na língua dela para não enrolar. Estamos machucadas ainda, Brenda ainda precisa fazer exames”, comenta.

As irmãs planejavam fazer Boletim de Ocorrência na 21ª Delegacia de Polícia (Pistão Sul) no mesmo dia. Mas Brenda conta que, na primeira vez que foram à DP, ela quase teve outra convulsão. “A policial me orientou a ir ao hospital primeiro, porque podia ser sério, pela batida forte. Fomos ao HRT [Hospital Regional de Taguatinga] e fiz uma tomografia”, conta.

De acordo com ela, os exames apontaram algo de errado. Mas é necessário fazer alguns testes neurológicos específicos, que Beatriz diz ser caro para elas arcarem. De acordo com as jovens, em nenhum momento elas foram procuradas pela boate para a reparação dos danos.

O dono do estabelecimento, Carlos Henrique Rodrigues de Oliveira, diz que, ainda no sábado (07/12/2019), a segurança foi afastada, e o contrato com a empresa Guerra Segurança, cancelado. “A gente repudia completamente essa conduta. Tudo tem que ser investigado e estamos colaborando com a polícia. Não houve realmente um grau de preparo da segurança”, afirma o dono da People’s.

Nenhum representante da Guerra foi encontrado pela reportagem para comentar o episódio. A 21ª DP intimou a segurança para depor nesta semana.

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