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Iges-DF estuda robô para tratamento precoce de doenças neuromusculares

Pesquisadores analisam se a ferramenta que possui inteligência artificial pode ajudar pacientes com traumas cranioencefálicos e Covid-19

atualizado

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Davidyson Damasceno/ Ascom Iges-DF
Robô Recare
1 de 1 Robô Recare - Foto: Davidyson Damasceno/ Ascom Iges-DF

Um estudo desenvolvido por profissionais da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de trauma do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) investiga se o uso de um robô que possui inteligência artificial poderá diagnosticar precocemente a presença de alterações neuromusculares em pacientes vítimas de traumas cranioencefálicos severos, inclusive em pessoas que tiveram Covid-19 e ficaram com sequelas.

O objetivo é oferecer um tratamento precoce para reduzir o aparecimento de sequelas e, ainda, diminuir o tempo de internação.

“Por meio de estímulos elétricos liberados pelo dispositivo na pele, é possível detectar padrões de anormalidade na condução dos estímulos nos nervos. Quando estas alterações são detectadas na fase inicial, é possível tratá-las com mais facilidade”, explica o coordenador do estudo, o pesquisador do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) e fisioterapeuta Paulo Eugênio Silva.

Esta aplicação diagnóstica automática é parte de uma das funcionalidades de um sistema chamado de Recare, que vem sendo utilizado em diversos hospitais do Brasil para reabilitar pacientes com Covid-19, por meio da estimulação elétrica neuromuscular, auxiliando médicos e fisioterapeutas na aplicação da reabilitação precoce.

O sistema aplica correntes com intensidades que permitem a máxima qualidade de contração dos músculos, o que produz mais eficácia do tratamento. Com o uso do Recare é possível reduzir a perda de força e massa muscular, e consequentemente o tempo de internação.

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Além do Paulo Eugênio Silva, entre os pesquisadores estão o gerente médico das UTIs do HBDF, José Roberto de Deus Macedo, bem como o professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Henrique Resende.

O estudo intitulado Avaliação da reprodutibilidade de um sistema automatizado para análise eletrofisiológica neuromuscular é financiado pelo Iges-DF por meio de edital de fomento interno lançado em 2019 pela Gerência de Pesquisa da Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa (Diep).

A Diep entende que dessa forma o Iges-DF ganha visibilidade no cenário de pesquisa mundial e trás retorno dos seus resultados para a assistência e Sistema Único de Saúde (SUS).

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