Ibaneis sobre projeto de rateio do Fundo do DF com o Rio: “Equivocado”

Governador critica ideia de deputada que busca ressarcir os fluminenses por prejuízos decorrentes da transferência da capital

Francisco Dutra
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O movimento para que o Rio de Janeiro fique com parte do Fundo Constitucional do DF (FCDF) não vai sair da intenção, segundo o governador Ibaneis Rocha (MDB). Uma proposta de emenda à Constituição (PEC) de autoria da deputada Clarissa Garotinho (Pros-RJ) exige “ressarcimento” da União ao estado fluminense pelos prejuízos históricos decorrentes da transferência da capital do país para Brasília.

“Não acredito que isso venha a acontecer. Um projeto equivocado de uma deputada que não tem a representatividade que pensa ter”, disparou Ibaneis (foto em destaque).

Nas palavras do governador, o GDF vai trabalhar politicamente no Congresso Nacional para que o projeto não siga em frente. “O presidente da República [Jair Bolsonaro] também tem essa consciência. E está nos ajudando”, assinalou.

“Tenho tranquilidade em relação a isso. Propostas surgem de todas as naturezas, de todas as pessoas”, ponderou. Para o emedebista, o FCDF é vital para a manutenção da capital do país.

Justificativas

Na justificativa do projeto, a deputada alega que o governo federal “não tem sido capaz de pensar estrategicamente sua antiga capital. Ele tem apenas se limitado a usar o Rio, de tempos em tempos, como a vitrine nacional que Brasília nunca conseguiu se tornar, como se viu na Rio Eco 92, no Pan Americano de 2007, nas Olimpíadas ou em muitos outros eventos internacionais”, completa.

Segundo Clarissa, os indicadores econômicos de Brasilia, como a renda per capita, mostram que o Distrito Federal já tem condições de se manter sem a ajuda federal.

Na visão do secretário de Economia do Distrito Federal, André Clemente, os recursos oriundos do Fundo Constitucional são exclusivos para manutenção de serviços essenciais da capital da República, como saúde, educação e segurança.

“O Fundo Constitucional do DF não foi criado para indenizar ninguém. É um recurso devido ao DF em face da demanda adicional por serviços de segurança, saúde e educação. O Rio de Janeiro merece defensores e patronos que olhem para o futuro, e não para um passado distante. Logo, não é Brasília que vai financiar essa aventura”, rebateu.

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