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Hotéis queixam-se que toque de recolher prejudica hóspedes no DF

Associação Brasileira de Indústria de Hotéis do Distrito Federal informa que cerca de 2 mil hóspedes ficarão sem serviços essenciais

atualizado

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Pedro Ventura/Agência Brasília
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1 de 1 setor-hoteleiro-sul - Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

A Associação Brasileira de Indústria de Hotéis do Distrito Federal (ABIH-DF) alertou, nesta terça-feira (9/3), que o Decreto nº 41.874 do Governo do Distrito Federal (GDF), responsável por instituir o toque de recolher das 22h às 5h, para frear o avanço da pandemia do novo coronavírus, sem ressalvar as atividades da hotelaria, coloca em risco cerca de 2 mil hóspedes na capital.

A ABIH-DF encaminhou ofício ao GDF com sugestão para que os funcionários do setor portem declarações expedidas pelos empregadores para fins de comprovação de vínculo empregatício perante órgãos de fiscalização, uma vez que, pela natureza dos serviços prestados, os empreendimentos obrigatoriamente necessitam manter equipe de colaboradores 24 horas.

De acordo com a associação, segundo dados consultados na manhã desta terça-feira (9/3), 29 empreendimentos pesquisados estavam com 1,8 mil hóspedes, distribuídos entre as 6.573 unidades habitacionais monitoradas pela associação.

Segundo o presidente da ABIH-DF, Henrique Severien, os empresários estão preocupados com as consequências decorrentes da norma, que, pela forma como foi publicada, não exclui o setor hoteleiro das medidas restritivas.

Severien explicou que o cumprimento da medida na íntegra, sem as devidas ressalvas para o setor hoteleiro, impede a prestação de serviços essenciais aos hóspedes, como alimentação, recepção, limpeza, governança, manutenção, segurança e sistemas de combate a incêndio, por falta de colaboradores que não podem se locomover devido à restrição de horário.

“No pior dos casos, impossibilitaria o acesso emergencial à assistência médica por parte dos hóspedes em decorrência da interrupção dos serviços de comunicação e controle desempenhado pelos departamentos de recepção dos hotéis. Com as portas fechadas, não entra sequer a entrega de remédios”, argumenta.

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