Geraldo Correa de Souza, 40 anos, teve a prisão preventiva decretada na tarde desta segunda-feira (21/2). De acordo com a juíza substituta do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDF), Verônica Capocio, a gravidade do caso, a periculosidade do acusado e a reiteração criminal foram fatores decisivos para a sentença.
O suspeito é acusado de tentar matar a ex-companheira Luciene Xavier dos Santos, 41 anos, no último sábado (19/2), na região do Itapoã. Durante o ataque, o filho dela, Pedro Henrique Xavier dos Santos, 16 anos, acabou morto ao defendê-la dos ataques do padrasto. O jovem levou um tiro no olho e perdeu a vida no local.
O jovem será enterrado na tarde desta terça-feira (22/2), no Cemitério Campo da Esperança da Asa Sul. O velório está programado para começar às 12h30, na Capela 2.
Segundo a Polícia Civil do DF, Geraldo Correa de Souza, 40, tem passagens na polícia por roubo, estupro e furto. A família, inclusive, havia registrado três ocorrências contra o homem por ameaça e injúria, além de ter solicitado medida protetiva de urgência contra o agressor. No entanto, o pedido foi indeferido por falta de provas.
Violência contra a mulher: identifique e saiba como denunciar

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A violência contra a mulher é qualquer ação ou conduta que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico a ela, tanto no âmbito público como no privadoHugo Barreto/Metrópoles

Esse tipo de agressão pode ocorrer de diferentes formas: física, psicológica, sexual, patrimonial ou moralArte/Metrópoles

A violência psicológica caracteriza-se por qualquer conduta que cause dano emocional, como chantagem, insulto ou humilhaçãoHugo Barreto/Metrópoles

Já a violência sexual é aquela em que a vítima é obrigada a manter ou presenciar relação sexual não consensual. O impedimento de uso de métodos contraceptivos e imposição de aborto, matrimônio ou prostituição também são violências desse tipoiStock

A violência patrimonial diz respeito à retenção, subtração, destruição parcial ou total dos bens ou recursos da mulher. Acusação de traição, invasão de propriedade e xingamentos são exemplos de violência moralIStock

A violência pode ocorrer no âmbito doméstico, familiar e em qualquer relação íntima de afeto. Toda mulher que seja vítima de agressão deve ser protegida pela leiImagem ilustrativa

Segundo a Secretaria da Mulher, a cada 2 segundos uma mulher é vítima de violência no Brasil. A pasta orienta que ameaças, violência, abuso sexual e confinamento devem ser denunciadosiStock

A denúncia de violência contra a mulher pode ser feita pelo 190 da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), na Central de Atendimento da Mulher pelo 180 ou na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), que funciona 24hRafaela Felicciano/Metrópoles

O aplicativo Proteja-se também é um meio de denúncia. Nele, a pessoa poderá ser atendida por meio de um chat ou em libras. É possível incluir fotos e vídeos à denúnciaMarcos Garcia/Arte Metrópoles

A Campanha Sinal Vermelho é outra forma de denunciar uma situação de violência sem precisar usar palavras. A vítima pode ir a uma farmácia ou supermercado participante da ação e mostrar um X vermelho desenhado em uma das suas mãos ou em um papelRafaela Felicciano/Metrópoles

Representantes ou entidades representativas de farmácias, condomínios, supermercados e hotéis em todo DF que quiserem aderir à campanha devem enviar um e-mail para [email protected]Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

Os centros especializados de Atendimento às Mulheres (Ceams) oferecem acolhimento e acompanhamento multidisciplinar. Os serviços podem ser solicitados por meio de cadastro no Agenda DFAgência Brasília

Os núcleos de Atendimento à Família e aos Autores de Violência Doméstica (NAFAVDs) oferecem acompanhamento psicossocial às pessoas envolvidas em situação de violência doméstica e familiar. O NAFAVD recebe encaminhamentos pela Justiça ou Ministério Público. Os autores de violência podem solicitar atendimento sem encaminhamentoAgência Brasília

A Campanha Mulher, Você não Está Só foi criada para atendimento, acolhimento e proteção às mulheres em situação de violência que pode ter sido consequência, ou simplesmente agravada, pelo isolamento resultante da pandemia. Basta ligar para (61) 99415-0635Hugo Barreto/Metrópoles
Relembre o caso
De acordo com testemunhas, o crime ocorreu durante um culto na casa das vítimas. O suspeito chegou ao local e, após discussão, empurrou Luciene. Na sequência, puxou uma arma e atirou contra a mulher.
Mesmo ferida, Luciene lutou contra o agressor. O suspeito pegou a vítima pelos cabelos e a arrastou para fora do imóvel. Nesse momento, atirou novamente contra a ex-companheira.
Pedro correu em defesa da mãe. Para protegê-la ficou entre ela e o agressor. Foi atingido no rosto e morreu no local.