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Golpe do envelope faz vítimas no DF. Saiba como se proteger

Grande parte das fraudes em agências bancárias são feitas por “engenharia social”, a partir da manipulação dos usuários, alerta Febraban

atualizado

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Mulher é acusado por estupro por banco
1 de 1 Mulher é acusado por estupro por banco - Foto: iSTOCK

Um levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) aponta que 70% das fraudes bancárias são feitas por meio de engenharia social. Esse método de praticar crimes consiste em manipular psicologicamente o usuário para conseguir informações confidenciais, ou induzir a própria vítima a fazer transações que favoreçam os bandidos, seja presencialmente, nas agências bancárias, ou de casa, pelos aplicativos de banco.

Com a popularização do internet banking, os golpes pela internet explodiram. Porém, ainda existem fraudes tradicionais, que são feitas presencialmente, nos terminais de autoatendimento.

Foi o que aconteceu com a cabeleireira Laiana da Silva, 31 anos, que perdeu R$ 920 para um golpista quando foi fazer uma transação no caixa eletrônico. Ela só descobriu ter sido enganada no dia seguinte. A mulher foi à área de autoatendimento da agência para pagar o cartão de crédito via depósito em conta.

“Quando eu estava no caixa, um rapaz se aproximou e perguntou se a máquina estava fazendo o depósito. Achei aquilo normal, respondi que sim e continuei”, narra Laiana. Em seguida, a cabeleireira retirou o envelope para colocar o dinheiro com que faria o depósito.

“Assim que tirei o lacre e ia colocar a quantia no caixa, esse mesmo rapaz falou que meu envelope estava errado. De forma muito rápida, ele o puxou e colocou no caixa”, conta. “Nem imaginei que isso podia ser um golpe. Quando cheguei em casa, fui verificar se o dinheiro tinha sido debitado. O banco informava que havia sido depositado apenas R$ 24, mas no meu envelope, que ele pegou, tinha colocado R$ 920”, explicou a mulher.

Segundo a Febraban, a situação da qual Laiana foi vítima é uma variação do golpe do falso funcionário, mas popularmente também chamado de golpe do envelope.

“Nesses casos, o golpista oferece ajuda aos clientes na área de autoatendimento. Enquanto finge ajudar, o criminoso aproveita para trocar o envelope por um vazio ou com notas de pequeno valor”, explica a federação. Uma outra forma de prejudicar a vítima é observar a senha e trocar o cartão dela por um similar. Com a posse da senha e do cartão, o fraudador realiza operações que causam prejuízo ao cliente.

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Estelionatos em alta

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) não diferencia os golpes cometidas em bancos dos realizados em outros locais. No entanto, as ocorrências de estelionato, categoria de infração em que fraudes bancárias geralmente estão incluídas, aumentaram em 2020, em comparação com o ano anterior. Foram 21.154 ocorrências no ano passado, contra 14.348 em 2019.

Laiana procurou a 4ª Delegacia de Polícia (Guará) para registrar ocorrência. No mesmo dia em que ela foi enganada, outra pessoa sofreu o mesmo golpe na mesma agência bancária.

“Muitas pessoas não ficam atentas, eu nem sabia que isso existia, não imaginava que podia ser um golpe, quando cheguei em casa que vi meu aplicativo e percebi”, lamenta Laiana.

A Febraban fornece uma lista de precauções aos clientes de banco para evitar fraudes em locais de autoatendimento ou em casa.

Veja como se prevenir:

  • O funcionário do banco é orientado a manter uma certa distância do cliente ao oferecer ajuda. Desconfie se a pessoa que oferecer auxílio ficar muito perto ou tentar manusear com as próprias mãos o cartão ou envelope de depósito.
  • Antes de completar o depósito, confira se o envelope utilizado é o correto. Em caso de dúvida, abra-o, confira as cédulas e utilize um novo envelope.
  • Nunca forneça sua senha a terceiros (pessoalmente, por telefone ou por comunicadores instantâneos).
  • Antes de guardar seu cartão, sempre conferir se é o seu.
  • O cliente deve sempre verificar a origem das ligações e mensagens recebidas contendo solicitações de dados.
  • O banco nunca liga para o cliente pedindo senha nem o número do cartão e também nunca liga para pedir para realizar uma transferência ou qualquer tipo de pagamento.
  • Ao receber uma ligação suspeita, o cliente deve desligar, pegar o número de telefone que está no cartão e ligar de outro telefone para tirar a limpo essa história.

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