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Família diz que morador de Águas Claras foi intubado sem sedativo

Além de tudo, o paciente está com febre altíssima e a unidade também não conta com Dipirona para administrar e amenizar as dores do homem

atualizado

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Reprodução/Google Street View
Hospital Santa Maria
1 de 1 Hospital Santa Maria - Foto: Reprodução/Google Street View

Familiares de um morador de Águas Claras internado em estado grave com Covid-19, no Hospital de Campanha em Santa Maria, denunciam que o paciente está intubado sem sedativos na unidade médica. De acordo com os relatos, Leison Wander de Almeida, 45 anos , deu entrada na UTI na sexta-feira (9/4) e teria sido necessário amarrá-lo ao leito para que suportasse as dores provocadas pela intubação.

Segundo os parentes de Leison, ele está intubado, porém não há sedativos nem anestésicos na unidade, o que o deixa em sofrimento imenso, por estar semiconsciente.  “Além de tudo, ele está com febre altíssima e a unidade também não conta com Dipirona para administrar e amenizar o quadro. Só na ala dele, hoje, vieram a óbito três dos seis pacientes ali internados”, disse uma sobrinha de Leison.

Procurada pelo Metrópoles, a Secretaria de Saúde informou que já notificou a Associação Saúde em Movimento (ASM), responsável pela gestão do hospital de Campanha de Santa Maria. A associação destacou que o paciente deu entrada no hospital em 31 de março com quadro grave de Covid-19, recebendo todo tratamento especializado a partir da necessidade.

Outro lado

A ASM negou que Leison tivesse sido foi amarrado, pois o hospital tem a assistência e o atendimento totalmente diferentes a esse tipo de conduta.

“Em relação à questão dos insumos, todos os hospitais estão tendo uma dificuldade para providenciar as medicações necessárias de intubação, principalmente as drogas para sedação, analgesia e bloqueadores muscular, devido à grande demanda que o mercado está tendo pela alta quantidade de pedidos para utilização”, afirmou a associação, por meio de nota.

A associação ainda ressalta que todos os hospitais da ASM estão se desdobrando para manter o fornecimento de medicações para todos os seus pacientes.

“A equipe médica em conjunto com a farmácia têm se desdobrado para que não haja a falta de nenhum insumo a ser utilizado na UTI, fazendo diariamente um plano específico de sedação e analgesia para atendê-los, além de compartilhar as informações com seus respectivos hospitais para um ir suprindo o outro”, finalizou.

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